Over the rainbow(Além Do Arco-íris) - Edser

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Como sumi por uns dias devido ao fim de ano vou postar mais um hehehe. Espero que gostem❤

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-- Como ele está? -- Engin perguntou ao entrar no quarto de Serkan. Já era noite e o frio estava mais presente do que de costume.

-- Ele está bem. Ele dormiu em meu colo, mas o acordei e o fiz tomar um banho e comer algo. O acompanhei até aqui e ele dormiu de exaustão. -- Eda explicou cruzando os braços devido ao frio.

-- Obrigada. -- Engin disse sinceramente. -- Ele sempre fica péssimo quando isso acontece.

-- Sempre? -- Eda perguntou surpresa e Engin assentiu.

-- Sim. -- Falou mais baixo ao ver que Serkan se mexia na cama. -- Pode ir se quiser, eu vou ficar aqui com ele mais alguns minutos e logo em seguida vou para meu quarto também. -- Eda deixou seus olhos caírem para o rosto de seu noivo e assentiu.

-- Eu vou mesmo. Se minha mãe descobrir que estive a sós com Serkan em seu quarto nem sei o que ela seria capaz de fazer.

-- Bom descanso. -- Ele desejou ao assentir.

-- Obrigada, Engin. Para você também. -- Disse olhando mais uma vez para seu noivo adormecido. Sentiu vontade de deixar um beijo em sua testa, mas preferiu não fazer nada.

[...]

-- Como assim Eda vai se casar? -- Ele gritou irritado. -- Ela não pode fazer isso comigo. Era para ela se casar comigo. -- Falou para sua irmã.

-- Sinto muito, mas todos só sabem falar desse casamento. -- Informou a moça.

-- Por isso ela não tem ido me ver esses dias. -- Constatou atordoado. -- Pois eu vou na casa dela e não estou nem aí para seus pais. -- Disse pegando seu chapéu e colocando em sua cabeça.

-- Ela se mudou para a cidade. -- A menina avisou.

-- Eu vou lá então. – Insistiu determinado.

-- Sua entrada foi proibida, Cenk. Aysun pediu para avisar para nem perder seu tempo. -- A moça disse com pena.

-- Preciso dar um jeito. -- Ele disse sentindo lágrimas quentes rolarem por seu rosto. -- Não posso deixar ela se casar com outra pessoa. Eu sei que é por mim que ela está apaixonada. -- Enxugou suas lágrimas logo em seguida. Não queria parecer fraco diante de sua irmã, mas a verdade é que isso lhe estava machucando demais. -- Quando é o casamento?

-- Disseram que em cinco dias. -- Ele arregalou seus olhos em choque, desacreditando do que havia ouvido.

-- O quê? – Perguntou eufórico. -- Você precisa ir vê-la, Andy. Precisa dar um recado meu para ela. Por favor. -- Ele pediu se ajoelhando em frente à sua irmã. A garota respirou fundo, logo negando com a cabeça.

-- Ela vai se casar com o comandante. Não sou nem louca de interferir em algo assim, além do mais vocês namoravam há três meses só, Cenk. Entenda que acabou, maninho. Você só sofreria mais caso ela ainda estivesse aqui. A mãe dela jamais deixaria vocês dois se casarem. -- Falou apenada.

-- Dane-se a mãe dela. Eu a amo! -- Exclamou. -- Por favor. -- Pediu desesperado. Sua irmã sentiu como se mil facas lhe tivessem atingido, mas precisava que seu irmão superasse Eda.

-- Desculpe, Cenk, mas dessa vez não.

[...]

Serkan abriu os olhos, sentindo todos os músculos de seu corpo reclamarem. A luz que adentrava as janelas de seu quarto incomodava seus olhos. "Piril provavelmente passou por aqui." Pensou.

Se sentou na cama e coçou os olhos, passando as mãos por seus cabelos logo depois. Estava confuso com a imagem de Eda cuidando dele. Teria sido um sonho?

Se levantou e se espreguiçou indo tomar um banho antes de descer para tomar seu café da manhã.

[...]

-- A bela adormecida finalmente acordou. -- A voz de Engin se fez presente em tom de brincadeira. Serkan riu ao se aproximar da mesa e ver Piril dar um tapa na mão de Eda quando ela ia pegar o último pedaço de bolo.

-- Piril! Seja gentil. -- Serkan disse se sentando ao lado de sua noiva à mesa. Engin e Selin também se sentavam com eles. Os pais delas preferiram tomar café da manhã ao ar fresco.

-- Está melhor? -- Eda sussurrou baixinho para Serkan, quem sorriu bobo pela preocupação da garota.

-- Estou. -- Respondeu sorrindo. -- Quantas horas eu dormi?

-- Quase dezenove. -- Eda informou e Serkan arregalou os olhos.

-- Oh meu Deus. Piril...

-- Já vi tudo para o casamento de vocês, não se preocupe. -- A ruiva disse rindo.

-- Ótimo. Rosália! -- Serkan chamou e logo a mulher loira, de olhos verdes e sorriso calmo apareceu ali. -- Providencie mais bolo, não quero brigas por comida. -- Ele disse olhando para Piril, quem comia o último pedaço de bolo tranquilamente.

-- Sim, Senhor! -- A mulher disse se retirando do local.

-- Jogo da verdade. -- Engin gritou animado e Piril bateu palminhas, fazendo Eda olhar confusa para eles.

-- Como assi... -- Eda foi interrompida por Piril.

-- Verdade que você já chorou por alguém estando bêbado? -- Piril perguntou com rapidez.

-- Não vale! Eu dei a ideia. -- Engin protestou.

-- E eu comecei o jogo, ué. Agora responda.

-- Verdade. -- Respondeu contrariado. -- Bolat.

-- Eu.

-- Verdade que você já passou horas na beira de um rio ajudando as formigas a se salvarem?

-- Engin! -- O ruivo disse trincando a mandíbula. Engin gargalhou, adorava fazer seus amigos se sentirem constrangidos com as coisas que sabia deles.

-- Estou esperando.

-- Verdade. -- Serkan confessou colocando um bico em seus lábios e Eda achou adorável. Tanto o bico quanto a atitude. Ela acabou lembrando de uma vez que havia saído para passear com Cenk e encontraram uma trilha de formigas. O rapaz fez questão de matar várias formigas e apenas ria, dizendo que elas morreriam logo de qualquer forma. Apesar da diferença gigantesca de atitudes, Eda seguia apaixonada por Cenk e foi inevitável não sentir saudades dele.

Espantou seus pensamentos quando ouviu seu nome.

-- Perdão?

-- Perguntei se é verdade que dorme de meias mesmo no calor. -- Serkan repetiu sua pergunta segurando o riso.

-- Oh meu Deus, não. -- Respondeu rindo fraco. A verdade é que não era feliz por estar ali, mas pelo menos tentaria.

-- Sua vez. Tem que escolher alguém e perguntar se algo é verdade.

-- Certo... Deixe-me ver. -- Disse pensativa, até que uma ideia lhe surgiu à mente. -- Já sei. Serkan.

-- Uiii. -- Piril e Engin disseram, fazendo Selin revirar os olhos.

-- É verdade que já se engraçou com a Selin? -- Os olhos de Serkan se arregalaram. Não entendeu o porquê de sua noiva lhe perguntar isso, mas responderia sem problema nenhum.

-- Bem... É óbvio que não, Selin é como uma irmã para mim. -- Eda olhou para Selin e sorriu satisfeita. Ninguém mais ali entenderia a batalha entre olhares das duas, mas dessa vez quem havia ganhado, sem sombra de dúvidas, era Eda.

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