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DEVON

— Tess tem um encontro e precisa de mim.

Pearl Harbor ainda está no meio quando Maia pausa o filme e tira suas pernas de cima das minhas.

— Para a ajudar se arrumar?  

Ela nega enquanto continua respondendo mensagens para Tess no WhatsApp.

— Não, ela conheceu o cara em um aplicativo, quer que eu vá junto só por segurança. — Maia me explica.

Não quero ser rude, mas como Maia poderia ser uma segurança a mais se o cara for um criminoso ou algo do tipo? Na verdade ele poderia fazer mal as duas.

— Eu vou junto. — Eu falo sem externar minha opinião e ela não achar que estou dizendo que elas são frágeis ou algo assim. — Onde eles marcaram?

— No aquário.

Puxo o celular da mão dela exausto dela me responder sem me olhar, por um segundo ela se estica para tentar pegá-lo, mas para porque sabe que isso nunca funciona.

— No aquário? Isso não é um programa para casais de quatorze anos?

É, não que eu saiba muito sobre encontros de qualquer idade, estive fora desse mercado por alguns anos.

— É um local público, movimentado aos domingos. Se ela sentir confiança eles vão para outro lugar.

Mais uma vez eu me controlo para não dizer que isso é uma ideia muito idiota já que não tem como ela saber se o cara é confiável depois de uma hora. Eu estou sendo pessimista ou precavido, talvez um pouco de ambos.

— Ok, em quanto tempo temos que estar lá? — Olho para a mesa com copos e travessas de coisas que comemos. Tenho que limpar antes de me arrumar.

— Um hora gatinho. — Ela estica a mão esperando o celular e eu entrego para ela. — Temos um encontro.

Assinto me levantando do sofá e e começo a recolher os copos. — Te pego em uma hora, gatinha.

Reservo uma piscada para ela, a qual ela retribui levando a mão ao peito e suspirando.

— Sabe, se você e Barb realmente não tiverem mesmo volta, muitas mulheres por aí vão adorar serem seduzidas por você.

Dou risada apenas, não estou pensando em seduzir ninguém ou ficar com ninguém agora. Foi há menos de vinte e quatro horas que Barb me ligou e terminou o namoro, ainda não sei ao certo o que sentir.

Eu realmente gostaria que tivéssemos dado certo e imaginava um futuro com ela. Mas eu também sinto que ela está certa sobre não estar funcionando.

— Estou indo. — Maia avisa indo para a porta que separa nossas salas. — Vai ter que bater na porta da frente quando me buscar.

Acho graça disso, nós realmente vamos fingir que isso é um encontro. É a cara dela fazer isso.

Eu arrumo a casa em tempo recorde, não que ela estivesse tão bagunçada também, eu procuro deixar tudo organizado sempre. Então a bagunça era apenas o que Maia e eu tiramos do lugar.

Depois disso tomo banho e escolho um jeans escuro e rasgado para usar junto a uma camiseta branca, é o que minha melhor amiga chama sempre de básico, mas estiloso.

Quarenta minutos depois que Maia deixou minha sala eu saio de casa e vou até a porta dela, como ela disse para fazer, e toco a campainha. Ela demora a abrir a porta, pelo menos alguns minutos.

Quando ela finalmente abre fico surpreso porque normalmente Maia está usando calça jeans, ou vestidos pretos, que segundo ela a fazem parecer mais magra, mas hoje está com um vestido claro e florido que vai quase até seu pé.

Por toda a vida (Metrópoles #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora