DEVON
— Maia ainda não acordou?
Já passa do meio-dia e ela ainda não deixou o quarto hoje. Ela também bebeu um pouco na noite passada, nós nem conseguimos conversar sobre Barbara ter aparecido.
— Não. A mãe dela disse que as vezes ela é preguiçosa assim. — Tess me responde. — Quer que eu acorde ela?
— Não precisa. Vamos sair em duas horas e meia, se ela não tiver acordada até lá aí sim pode entrar no quarto gritando. — Eu aconselho Tess. — Vejo vocês depois.
— Ok. Até depois.
Eu deixo meu quarto depois que encerro a chamada e vou até a sala onde meus pais estão. Me jogo em um dos sofás o ocupando todo.
— Pronto para pegar a estrada? — Meu pai pergunta e minha resposta é mover a cabeça negando.
Eu tranquilamente ficaria mais três dias curtindo essa cidadezinha. Ok, talvez nem tanto pela cidade, e sim pelo que rolou nesse final de semana.
Maia e eu foi o ponto alto dos últimos dias. E ai Barb apareceu ontem e eu fiquei um pouco perturbado sem curtir o resto da noite.
— Você e Barbara conversaram ontem?
A pergunta vem da minha mãe, porque mãe é assim, lê mentes.
— Não. Ela me deu um par de ingressos pro jogo dos Lakers no próximo mês em Atlanta. — Conto sobre o presente que eu gostei pra valer. — Me desejou o melhor e falou que espera que a gente ainda tenha um momento para conversar com calma sobre tudo. Foi só isso.
— E você?
Eu odeio essa pergunta feita em contextos como esse porque ela pressupõe que eu tenha uma resposta para como me sinto.
— Foi bom ver Barb, estranho também. — É o que eu digo. — Me deixou um pouco...
— Abalado? Confuso?
Reviro meus olhos e dou uma olhada para minha mãe em seguida. — Não sei, ok? Eu não estava esperando pela presença dela e nem por um presente, eu fiquei surpreso. Ela se importa ainda.
— É claro que se importa. Vocês dois tiveram uma história juntos, talvez ainda tenham.
Será que ainda temos?
Ao invés de realmente pensar sobre isso meu pensamento vai de volta para Maia. Pego meu celular do bolso e entro na conversa com ela.
Me manda uma mensagem quando acordar
Quando estávamos conversando ontem ela falou que as coisas voltariam ao normal quando voltarmos para casa, mas eu não consigo ter essa certeza.
E não é que pareça ruim, mas é uma mudança. Nós nunca tivemos que lidar com o fato de rolar uma atração entre nós antes, e atração não é um botão que a gente liga e desliga fácil assim.
— Vou arrumar minhas coisas. — Me levanto incapaz de ficar quieto hoje.
Almoço com meus pais, depois busco Rick e Jared, nós paramos em um barzinho porque recebo uma mensagem de Maia dizendo que acabou de acordar e precisa de meia hora para ficar pronta para ir.
— Sabe que fez a pior besteira, não sabe? — Rick me pergunta enquanto eles dois bebem cerveja e eu um suco. — As piores, na verdade. Você ainda está sentimentalmente ligado a sua ex porque tipo ninguém esquece em dez dias então a pior besteira que poderia fazer é se envolver com alguém que não vai ser só uma ficada e adiós. Maia é sua melhor amiga.
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Por toda a vida (Metrópoles #1)
רומנטיקהSpin-off de Astros de Duke Maia e Devon são melhores amigos desde que ela nasceu quatro horas depois dele e suas mães dividiram um quarto na maternidade. Quando foram para a faculdade Maia entrou na Universidade da Carolina do Norte e Devon em Duke...