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MAIA

Quando deixo a loja de decoração pouco depois das quatro da tarde com minha pasta de desenhos eu estou muito esperançosa. Eu gostei muito de Jenny, que fez a entrevista comigo, e senti que ela gostou de mim, mas tenho que aguardar a resposta.

Enquanto isso posso relaxar e ir para casa terminar de arrumar a mala para irmos para Brunswick essa noite, e por nós quero dizer Rick, Jared, Tess, Devon e eu. Todos em um único carro, vai ser no mínimo divertido. Com exceção de Tess, que vai como minha convidada, todos são nascidos e criados naquela pequena cidade.

E vamos comemorar meu aniversário e do Devon no domingo, junto ao quatro de julho. Vai ser um ótimo fim de semana, nós merecemos depois do desastre do anterior.

Ainda tenho muito tempo para me arrumar antes que Devon chegue do trabalho, depois que faço as malas e tomo um banho minha distração é uma chamada de vídeo com a minha mãe.

— Eu já consigo imaginar a casa decorada com peças feitas por você, eu vou ser a mãe mais orgulhosa dessa cidade. — Ela também está empolgada com a minha entrevista de hoje.

— Vamos com calma, ok? Eu fiz a entrevista, enviei meu pedido de vaga na pós e espero que tudo dê certo. — Eu mantenho meus dois pés no chão. — Então, qual o plano do fim de semana?

É claro que ela tem um cronograma para eu seguir, amanhã de manhã preciso ir ver meu pai e sua esposa, apenas cinco anos mais velha do que eu e grávida do meu irmãozinho. Depois disso tenho basicamente uma tour para rever pessoas que me conhecem a vida toda, a noite vamos para Saint Simon para curtir a ilha e vamos ficar lá até o fim da tarde de domingo, então no domingo a noite voltamos para ver a queima de fogos da independência em Brunswick e vamos receber alguns conhecidos para um pequeno coquetel onde vamos cantar parabéns para Devon e eu.

Mamãe é ótima em seguir cronogramas.

— Vai ver seu pai, certo? Eu detesto ter que ser a porta voz de notícias sobre você porque você nunca aparece ou responde mensagens.

— Vou. — Reviro os olhos para a tela do notebook. — Mas não vou ficar mais do que alguns minutos, você vai me ligar quando eu estiver lá e dizer que precisa de mim urgente.

— Fechado.

Sei que parece ridículo fugir do meu próprio pai, mas é que não me sinto próxima dele ou a vontade com ele há mais de seis anos, ele arruinou nossa relação e eu não estou muito interessada em recuperá-la.

— Mãe vou comer alguma coisa, Dev vai chegar logo e só vou esperar ele tomar um banho e então vamos buscar os outros. — Me explico. — Te vejo mais tarde.

— Tomem cuidado na estrada. Te amo.

Levo a mão a boca e jogo um beijo para a tela. — Amo você.

Alguns minutos depois que ouço o carro de Devon estacionar em frente a casa apago as luzes da minha casa e me certifico de que as portas estão trancadas para depois empurrar minha mala para dentro da sala dele.

— Ei estou entrando! — Aviso gritando porque eu sou inconveniente, mas não tanto.

Devon sai do quarto dele com uma toalha em volta da cintura. — Não tá um pouco cedo?

Meus olhos tentam mesmo focar nos olhos dele, mas eu tenho o hábito de querer olhar para o corpo de homens bonitos. E o corpo de Devon não é só bonito, ele é tipo um deus grego. Mesmo sendo meu melhor amigo é interessante olhar seus músculos, os bíceps, o abdômen trincado, e...

— Ei, está me deixando sem graça. — Dev chama minha atenção e eu ergo o olhar dando uma risadinha nervosa por ser pega.

— Foi mal, é que eu tenho olhos sabe, e eu não sou cega. — Abaixo o puxador da minha mala e a deixo no meio da sala indo até a cozinha fingindo que não estava encarando o corpo de Devon meio minuto atrás. — Respondendo a sua pergunta, está cedo, mas já estou pronta, então vou esperar aqui. Algum problema?

Por toda a vida (Metrópoles #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora