DEVON
Maia está emburrada, de novo.
É o modo dela dos últimos dias e seja lá o que está a deixando assim ela não me conta. Eu também desisti de dizer para ela desabafar.
— Eu vou trancar a porta pelo meu lado. — Ela avisa quando desce do carro. — Se tiverem um tempo para me verem no fim de semana eu vou gostar de ver a Barb.
As duas não tem nada em comum, mas desde que estou com Barb, como uma boa amiga, Maia se interessa por ela e por vê-la.
— Te mando mensagem, ok? Vai sair hoje ou amanhã? — Pergunto porque para Maia sexta é o dia oficial da balada.
Ela abre um sorriso, talvez o primeiro na semana, não na verdade ela sorriu empolgada nos outros dois dias que fomos a academia. Maia empolgada para malhar ainda me assusta.
— Tess e eu vamos a um barzinho só, beber um pouco, talvez karaokê. — Ela responde já abrindo sua porta da frente. — Agora vai lá, precisa ficar gato para ir buscar sua garota no aeroporto.
— Uma das minhas garotas. — A corrijo antes que ela entre. — A outra eu tenho perto todo dia, para minha sorte.
Maia me manda um beijo e empurra sua porta para entrar. — Sabe que eu te amo, certo?
— Eu também te amo, bebê.
Ela acena e entra. Não demora mais do que dois minutos depois que entro para a música alta vir da casa de Maia, o que já é um costume.
One Way or Another está invadindo minha casa e embora eu deteste admitir me pego cantarolando a música, porém ainda assim vou até a porta que compartilhamos e tento abrir. Já está trancada.
Dou três tapas na porta esperando que ela ouça, mas nem perto disso, então pego o celular e digito uma mensagem avisando que os vizinhos em breve vão reclamar. Há uma mãe com um bebê na casa ao lado da dela, e na frente temos a senhora Marshall, ela é um amor, desde que não a atrapalhem.
Menos de uma hora depois, já tomado banho e com a casa organizada vou para a rodoviária encontrar Barb. A universidade dela fica em Statesboro, cerca de quatro horas de Atlanta, estamos bem mais perto do que quando eu estudava na Carolina do Norte, mas parece que agora nos vemos menos do que antes.
Talvez por isso estou ansioso na plataforma vendo o ônibus estacionar com quase meia hora de atraso. Barb não corre antes de todos para descer, ela não gosta de aglomeração, então sempre deixa todos passarem para que ela faça tudo com calma.
— Eu disse que podia pegar um táxi. — Ela desce do ônibus e sorri para mim enquanto carrega uma mala de mão.
Não é apenas porque é minha namorada, mas ela é linda, seu cabelo é quase avermelhado está se destacando sob as luzes da plataforma e seus olhos escuros parecem sorrir junto com seus lábios.
Tiro a mala da mão dela e levo minha outra mão ao rosto dela a observando melhor.
— Senti sua falta.
Barb suspira como se isso fosse efeito dessas simples palavras e então me abraça forte, seus dois braços em torno do meu tronco.
— Desculpa não vir antes. — Ela murmura e ergue o rosto me olhando me dando a chance de beijar seus lábios.
Fecho meus olhos enquanto a beijo. Com certeza é muito melhor do que chamadas de vídeo, namoro a distância é uma merda. Pelo menos Barb se forma no fim do semestre e então poderemos resolver nossa vida juntos.
Faço carinho em seu rosto depois de terminar o beijo com um selinho. — Estou feliz que esteja aqui, muito.
A mão dela segura a minha entrelaçando os dedos aos meus. — Sentiu muita falta mesmo? Não estava muito ocupado com o trabalho? Tardes com os rapazes?
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Por toda a vida (Metrópoles #1)
RomanceSpin-off de Astros de Duke Maia e Devon são melhores amigos desde que ela nasceu quatro horas depois dele e suas mães dividiram um quarto na maternidade. Quando foram para a faculdade Maia entrou na Universidade da Carolina do Norte e Devon em Duke...