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MAIA

Mark passou a noite aqui, de novo, pela segunda noite seguida. É um avanço, certo? Mesmo ele saindo tão cedo.

Hoje é domingo e ele vai sair com as filhas. E a ex, provavelmente.

— O que vai fazer hoje? — Ele pergunta enquanto se veste e eu ainda continuo deitada na cama puxando o lençol sobre meu corpo.

— Vou almoçar com Devon e a namorada. — Conto a ele. Devon me mandou uma mensagem ontem a noite convidando. — Não vejo a hora de conhecer meu amigo, você vai gostar dele.

Mark assente enquanto fecha os botões da camisa. — Tanto quanto se pode gostar de caras recém saídos da faculdade, ainda com mentalidade de moleques.

Eu também sou recém saída da faculdade e ele gosta de mim, então não vejo qual o ponto desse comentário.

— Devon é muito maduro. — Defendo meu amigo. — E precisa se dar bem com ele ou nós não vamos ficar juntos.

Vejo uma sobrancelha dele se erguer e ele desconcentra da tarefa de fechar os botões. — É assim que funciona?

Me sento tentando manter o lençol me cobrindo e assinto dando risada.

— Dev faz parte do pacote, ele está comigo desde que nasci e vai estar até o fim. É pegar ou largar.

Ele não diz nada, só apoia o joelho na cama e segura o meu rosto para me beijar e sua outra mão afasta o lençol do meu corpo o fazendo escorregar. Me sinto exposta quando ele me olha.

Sei que não tenho um corpo lindo, tem gordurinhas sobrando em todo lugar.

— Está mesmo indo a academia?

Puxo o lençol com pressa me cobrindo outra vez. — Sim, por que?

Eu vou emagrecer, vou me esforçar dessa vez.

— Só perguntando, saber se devo me preparar para te ver ainda mais linda. — Ele pisca para mim com um de seus olhos verdes. — Tenho que ir.

— Pode só bater a porta? Estou com preguiça de me vestir e ir até a porta. — Me deito abraçando um travesseiro. — Bom passeio com as meninas.

Ele só assente e me dá uma última olhada antes de pegar as coisas dele e ir. Antes de cair no sono de novo eu penso um pouco sobre as filhas dele, sobre como vai ser quando nós assumirmos nossa relacionamento.

Acordo com o celular tocando em algum lugar embaixo da coberta e levo pelo menos um minuto para o encontrar. Atendo logo que vejo o nome de Devon.

— O que foi?

Ouço ele resmungar algo. — Você estava dormindo? Você não devia estar pronta para almoçar conosco?

Afasto o celular da orelha para ver que horas são, quase meio dia.

— A comida já está pronta?

— Não, estou começando agora, mas sabia que ia estar dormindo e se não te acordasse perderia o almoço. — Ele se explica. — Então, não durma de novo.

Ele me conhece tão bem, talvez ele me conheça melhor do que eu. Esfrego os olhos e me sento na cama ainda não muito bem acordada.

— Vou tomar um banho e então apareço.

Quase cochilo de novo. Quase. Mas me lembro que Devon vai abrir a porta e invadir minha casa se eu não aparecer e me levanto para o banho. Meia hora depois estou destrancando nossa porta compartilhada.

Por toda a vida (Metrópoles #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora