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MAIA

Tess se senta ao meu lado rindo depois de vencer numa rodada de tequila contra Jared. Ela já está bem altinha e os dois estão em um flerte diferente do que é comum entre eles.

— Preciso de água. — Ela anuncia e eu concordo. — Por que está sentada aqui?

O lounge está cheio, tem uma banda boa tocando, pessoas jogando sinuca e muita bebida, e eu estava animada antes de sair de casa. Eu realmente estava pensando em flertar e ter um bom sexo casual, mas eu acho que perdi o clima.

— Bebendo. — Aponto minha cerveja, mas na verdade é minha segunda lata e não pretendo beber mais do que isso.

Até minha mãe que foi sair com o tal cara que ela tem visto há dois meses deve estar se divertindo mais. Ainda estou um pouco impactada com a notícia que ela está saindo com alguém.

— Vamos jogar sinuca com eles. — Tess puxa minha mão. — Tem uns caras bonitos jogando.

Pego minha cerveja e deixo Tess me puxar para a mesa, ela tem razão, tem caras bonitos por aqui.

— Podemos jogar? — Apoio minha mão na lateral da mesa observando Devon fazer uma tacada.

Depois que duas bolas são encaçapadas ele ergue o olhar para mim. — Nem pensar.

— Por que não? — Um homem parado quase ao meu lado quer saber. — Essa beleza das duas pode ser bem vinda aqui.

Olho para Devon rindo. — Ele sabe que sempre ganho dele.

— Uhum, nos seus sonhos. — Ele respira forte e nega com a cabeça. — Você ganha quando fica tentando mudar as regras do jogo.

Eu forço minha melhor expressão para mostrar que não faço ideia do que ele está falando e coloco a mão no braço do cara ao meu lado. — Então eu e minha amiga somos bem vindas?

— Muito bem vindas. — Um cara do lado oposto da mesa é quem responde. — Então uma contra a outra ou querem dois de nós para fazer duplas?

Eu realmente prefiro em duplas, mas melhor ficar em terreno seguro.

— Eu faço dupla com Jared. — Tess aceita a ideia das duplas mais rápido do que eu. — Com quem vai jogar?

Vou até Devon e o abraço por trás. — Para que servem mesmo os melhores amigos?

Ele ri jogando um pouco a cabeça para trás. — Para fazer a vontade de amiga chata.

Preciso ser honesta, eu não entendo mesmo porque as regras da sinuca precisam ser da forma que são. Sei lá, eu poderia só querer derrubar qualquer bola e marcar pontos. Mas ao invés disso complicam tudo com regras que me confundem.

No meio do jogo já estou com preguiça e quero largar, mas Dev não deixa.

— Precisa acertar aquela agora. — Dev aponta encostando ao meu lado e coloca a mão sobre a minha no taco. — Foco.

Ele encosta o queixo em meu ombro para tentar ajeitar minha mira, e ao invés de tentar focar na mesa eu me viro encostando o rosto no pescoço dele.

— Você ainda usa o mesmo perfume que usava na escola secundária. — Eu digo porque eu gosto, inalo o cheiro dele com vontade.

Me lembra os anos da escola quando ele terminava os treinos de basquete e só saía do vestiário todo cheiroso e arrumado enquanto os outros caras nem ligavam para isso.

Passo meu nariz de novo pelo pescoço dele e quando me afasto só um pouco vejo que os olhos dele estão fechados.

— Não faz mais isso. — Ele praticamente suspira antes de abrir os olhos. — A gente precisa criar umas regras de coisas que não pode fazer com o melhor amigo.

Por toda a vida (Metrópoles #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora