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DEVON

Não é meu programa favorito, não está nem no top dez, mas eu precisava comprar coisas para a viagem da próxima semana por isso fui ao shopping.

Pedi para Maia ir e me ajudar a escolher, mas ela disse que os caras ajudariam mais. Porém, a verdade é que shoppings e Maia não são amigos.

Então depois das compras feitas estou estacionando em frente a casa seguido pelo carro de Andrew, depois de termos parado para comprar cerveja e pizza.

Zyan e Andrew estão rindo alto de alguma coisa quando descem do carro dele trazendo a comida e bebida. Olho para a casa vizinha para ver a luz da sala de Maia acesa, ainda é estranho para mim que ela não esteja saindo mais aos fins de semana.

Eu entro em casa e pego as sacolas levando para a cozinha enquanto Zyan, Bart, Rick e Andrew se jogam no sofá ou no tapete. Antes de tirar tudo da sacola volto até a sala e abro a porta da sala de Maia.

Ela está sentada com as pernas para cima do sofá usando um short curto e uma camiseta enorme que tenho quase certeza que foi minha em algum momento. Tem uma garrafa de cerveja quase vazia em sua mão.

— Trouxemos pizza e mais cerveja. — Eu informo colocando só o rosto para dentro da sala. — Vem.

Não é uma pergunta, sei que ela vem mesmo. Pizza, cerveja e boa companhia é nosso programa preferido.

— Tô indo.

Assinto e deixo a porta aberta para ela e então volto a cozinha, Bart está tirando as cervejas dos fardos para levar até a sala.

— Traz a pizza.

Isso vai virar uma bagunça no fim da noite e vou ter que arrumar, mas está tudo bem.

— E aí, o que compraram? — A curiosidade de Maia me avisa que ela chegou, eu posso a escutar da cozinha. — E cadê o Jared?

Andrew dá uma risada alta. — Uma palavra: Tess.

Aqueles dois estão em algum tipo de tesão louco ou talvez mais do que tesão.

— Previsíveis. — Maia fala. — Porém estão melhores que todos vocês, um bando de homens voltando do shopping num sábado a noite.

— Ainda tá cedo. — Andrew esclarece. — Vamos matar a fome, dar uma calibrada e depois sair. Você devia vir e também convencer aquele senhor de setenta anos a ir junto.

Eu bufo enquanto termino de guardar as sacolas.

— Vou passar. — Ela recusa o convite.

Pego as duas caixas de pizza equilibrando uma em cada mão e me abaixa colocando ambas na mesa de centro.

— Você tá precisando ir com eles, sair e se divertir como um cara da sua idade. — Maia dá um tapinha em meu ombro quando me sento. — Você vai ficar um senhorzinho antes da hora.

Olho para ela de lado fazendo uma expressão de repreensão. — Eu sou muito jovem, só não sou fã de baladas. Não tem problema nisso.

— Não tinha problema quando você tava amarrado, agora que é solteiro devia aproveitar. Conhecer pessoas, beijar, uma boa noite de sexo. Você é tipo o único cara não pensando nisso.

Eu já estou mordendo uma fatia de pizza quando a conversa continua. Não consigo evitar olhar para Maia e ver que ela também está olhando para mim.

Nós transamos duas noites atrás, então posso garantir que eu penso em sexo sim. Ela me encara de volta parecendo ler meus pensamentos, é a nossa conexão, isso nos persegue a vida toda.

Por toda a vida (Metrópoles #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora