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DEVON

Eu mal consigo me concentrar no meu trabalho no laboratório essa manhã. Maia disse que mandaria uma mensagem a hora que chegasse ao prédio para subir até seu trabalho e entregar sua carta de demissão, mas até agora nem sinal dela.

Coloco a pipeta sobre o balcão e tiro as luvas e meu óculos.

- O que está te preocupando? - Zyan pergunta tirando seu próprio equipamento de proteção. - Parece que sua cabeça está em outro lugar, ou outra pessoa. Barbara?

Movo meu lábio para o lado fazendo careta. Faz só dois dias que nós terminamos, que ela terminou, e eu meio que estou evitando pensar no assunto, principalmente agora que Maia está com problemas.

- Maia. - Eu digo e digito uma mensagem perguntando onde ela está. - Ela teve uns problemas, vai pedir demissão hoje.

- E está pensando no problema dela ao invés do seu? - Zyan faz sinal para eu o seguir para fora do laboratório. - Como vai resolver tudo com Barb?

Pego meu celular do balcão o levando comigo caso Maia ligue ou mande uma mensagem.

- Não tem nada para resolver, nós terminamos. Obviamente eu não teria tido essa decisão, mas ela teve e eu concordei. - Explico a ele. - Não tenho pensado sobre isso, para ser honesto.

- Por que os problemas da Maia são mais importantes? Sabe se isso não foi um problema no seu relacionamento?

Zyan segue pelo corredor, sei que estamos indo buscar um café, nós precisamos de um monte de café durante o dia.

- Eu me preocupar com a minha amiga? Não, Barb tinha zero problemas com isso. - Eu nem preciso pensar pra responder isso.

Ele abre a porta da copa onde está a cafeteira. - Não exatamente com Maia, mas sobre tratar como prioridade. Você largaria tudo para ver Maia se precisasse, com Barbara vocês se viam quando dava. Sentiu a diferença?

Colocando assim faz algum sentido, mas é querer comparar duas coisas totalmente diferentes. Maia e eu sempre estamos próximos um do outro, nunca requer um grande esforço para nos encontrar. Exceto por sábado que ela dirigiu por horas depois que Barb terminou comigo.

- Eu tenho um senso de proteção muito grande com a Maia, a gente se conhece desde sempre, é normal. - Eu me justifico. - Aliás, não foi só eu que não me esforcei o suficiente, várias vezes as desculpas vinham da parte da Barbara quando eu sugeria ir vê-la.

- Ainda acho que vocês precisam ter uma conversa olho no olho. - Zyan fala enquanto coloca a máquina de café para funcionar. - Talvez não tenha sido um fim definitivo.

- Vou para Brunswick na sexta, para e fico até domingo por causa do quatro de julho. - Conto porque realmente já pensei que as chances de encontrar Barb vão ser enormes.

A máquina de café termina de jorrar o líquido nos copos e Zyan me entrega um deles. Ele bebe um gole longo antes de retomar a conversa.

- Por causa do seu aniversário, você quis dizer.

Eu olho para ele tentado a revirar os olhos, eu realmente não sou fã de fazer aniversário no dia do maior feriado nacional. Quando mais novo achava um tormento que além de dividir o aniversário com Maia ter que dividir com os Estados Unidos, atualmente detesto que o feriado faça todos lembrarem do meu aniversário.

- Isso também.

Ainda estou no segundo gole do café quando o celular vibra em minha outra mão. Maia mandou uma mensagem, aperto para ler.

Por toda a vida (Metrópoles #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora