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DEVON

— Força, Maia! Só mais um pouco.

Ela continua a pedalar no aparelho e respirando forte algumas vezes enquanto o timer está em contagem regressiva. Agora já faz mais de um mês e meio que estamos vindo a academia e ela se mantém firme.

— Cinco, quatro, três, dois, um. — Conto até terminar. — Isso bebê!

Ergo as duas mãos para bater nas dela, e, embora ela esteja exausta, ela ergue as dela batendo nas minhas comemorando.

— Acha que estou ficando mais resistente?

Dou a garrafa d'água para ela e assinto. — Está muito melhor, assim como as roupas.

Aponto para o conjunto de calça e top preto que ela está usando.

— Um cara gato foi comigo no shopping ontem a noite. — Ela brinca antes de tomar a água.

Nós dois fomos ao shopping ontem, compramos algumas coisas e depois fomos ao cinema.

— Vou encontrar os caras depois em um barzinho. Quer ir? Pode chamar Tess. — Eu a convido.

Toco o braço dela e faço sinal para irmos para a saída, tenho uma hora para ir para casa, tomar um banho e então ir para o bar.

— Ei, onde está o Devon? Ele tipo parece muito com você, mas ele não vai a nenhum bar no meio da semana, na verdade nem aos fins de semana. — Maia é assim, toda engraçada e debochada.

Envolvo meu braço em torno do pescoço dela a puxando.

— Quietinha. As vezes eu saio, não muito, mas eu saio, não sei porque a surpresa. — Maia tenta morder meu braço, mas seguro o rosto dela. — Se ficar boazinha eu solto.

— Tudo bem, solta, por favor?

Libero meu braço do pescoço dela e ela passa a mão por sua pele ali como se estivesse doendo, mas eu nunca coloco força de verdade.

— Ainda estou convidada? — Ela pergunta fazendo a carinha fofa que só Maia tem. — Vou mandar uma mensagem para Tess.

— Sim, é sempre bom ver Tess flertar com todos e no final também dispensar todos. — Dou risada pensando na cena.

Tess, amiga de Maia, é ótima na arte de flertar e ela tem andado conosco desde que nos mudamos, todos os caras já deram em cima dela e ela deles, mas ela não ficou com ninguém.

— Ela não vai ficar com nenhum deles, ela é parte do grupo, e se ela ficasse com alguém e desse errado ficaria um clima estranho. — Maia ne explica. — Eu a entendo, sei lá, imagina se tivéssemos ficado alguma vez e depois dado errado. Seria estranho para amigos, família.

Faço careta com a comparação dela. Isso nunca aconteceria porque a gente nunca pensaria em ficar um com o outro.

— Não que em alguma hipótese eu ficaria com você. Só foi pra exemplificar. — Ela acrescenta como se estivesse lendo meus pensamentos.

— A recíproca é verdadeira.

Nós vamos para o meu carro no estacionamento. Maia começa a digitar para Tess assim que se senta, e eu ligo o rádio colocando para tocar o cartão de memória dela. Quando Wannabe começa a tocar ela desvia os olhos da tela do celular e sorri.

Ela sempre parece gostar quando a deixo ouvir suas músicas. É algo tão bobo e ela age como se estivesse dando muito a ela.

Nosso caminho até em casa é um passeio musical pelos anos noventa e dois mil. Quando chegamos a aviso que vou sair em meia hora então ela vai precisar estar pronta.

Por toda a vida (Metrópoles #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora