Capítulo 22

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Natasha Bastos

Percorro a chácara gigante atrás das minhas amigas e encontro Valentina bebendo vinho, como de costume, e conversando em um tom avantajado com o Joaquim.
Observo de longe, caso ela precisasse de ajuda eu estaria ali para ajudá-la.

    — É feio espionar as pessoas, Bastos. -ouço aquela voz sobre meus ouvidos e me viro rápido o encontrando-

  — Você me assustou. -nego com a cabeça- você vai ficar me seguindo?

  — Te seguindo? -ele solta uma risada irônica, dando visão para as suas covinhas super fofas nas bochechas-  estamos numa chácara, não tem muito pra onde ir.

   — Pois então fique longe de mim. -dou de ombros e me retiro dali. Eu posso ter sido um pouco grosseira, mas ele mexia comigo de um jeito que eu não sabia me controlar, e isso não era algo bom se eu quisesse iniciar um romance digno com João-

Paro na cozinha e alcanço uma cerveja pra tomar.
João estava conversando com algumas garotas acompanhadas de alguns garotos.

   — O que estão aprontando? -me aproximo deles e recebo um sorriso carismáticos de alguns-

   — Caipirinha. -João sorri bêbado e me entrega um copo grande- tem que beber tudo.

  — Nossa. -bebo um gole e faço uma careta- isso aqui está muito forte.

  — Por isso, amiga. -Larissa, do curso de direito, se não me engano, se aproxima com um copo cinza em mãos- tem que beber tudo, eu te acompanho.

  — Ai. -reclamo rindo mas acabo cedendo-

Ela sorri e acabamos por virar aquele copo horrível de caipirinha, bom... Não era horrível, mas estava muito forte.

   — Quem teve a audácia de por sertanejo? -Larissa grita pro ar e sai andando em direção a porta-

Fico bebendo minha cerveja e observando João fazendo outra caipirinha.

  — O que você está achando? -ele pergunta, me puxando pela cintura pra mais perto dele-

   — Daqui? -bebo um gole gratificante da minha cerveja, antes que ela se esquente-

  — De que mais seria? -ele solta uma risada fraca-

  — Vai que você tá falando da sua caipirinha péssima. -dou de ombros e o encaro- aqui não está de todo ruim.

  — Ah, não está ruim. -ele lava as mãos e limpa o exterior do copo onde colocou a nova caipirinha- aqui pra você.

  — Outra? -pasmo-

  — Isso. -ele sorri de canto e me sela rapidamente-

  — Mas cadê o seu? -termino o restante da minha cerveja e jogo a lata fora nos recicláveis-

   — Aqui. -ele me entrega um copo transparente e pega outro azul, os dois preenchidos de caipirinha-

  — Esse eu posso beber em paz? -questiono mas ele nega-

  — De uma vez, assim você não vê o gosto ruim que tá isso. -ele dispara a rir, bêbado demais-

Bebo um pouco somente e já sinto meu estômago queimar.
Vou beber devagar mesmo.

   — Tão afim de jogar alguma coisa lá na piscina? -Joaquim aparece quase sem roupa e todo molhado-

    — Pode ir. -João me olha- vou limpar a minha bagunça e depois pegar um casaco.

𝐎 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐫𝐨𝐧𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora