Capítulo 17

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Natasha Bastos

Acordo ao sentir meu celular vibrar embaixo do travesseiro.
Me viro de barriga pra baixo na cama, e limpo meus olhos com as mãos.
Dou uma olhada no meu Whatsapp.

📲 Whatsapp 📲
*grupo ontem*
Valentina Bertoni: gente tá uma chuva, a gente podia sair pra tomar um gin? q tal
Elisa Cavalcanti: tô esperando o Gustavo mandar mensagem pra gente sair
Valentina Bertoni: vc marcou algo com ele? aaaa n, vamo sim só nos
Elisa Cavalcanti: marquei não
mas vai que ele me chama do nada
Valentina Bertoni: larga mão de ser otaria, ele deve tá com o Joaquim
Elisa Cavalcanti: nem tá, Joaquim foi pra casa em Morretes do Renan
Valentina Bertoni: então ele deve tá com a Laís
Elisa Cavalcanti: deve ser
Valentina Bertoni: falando em sumir cadê a Natasha, amiga vamo tomar um giiiinnn
Elisa Cavalcanti: @Natasha Bastos
Valentina Bertoni: deve tá com o sugar daddy, ficamos pra titia Elisa
Elisa Cavalcanti: e você tá aonde?
Valentina Bertoni: vim no mercado comprar umas coisinhas de higiene pessoal rsrsr
Elisa Cavalcanti: n acredito que o Gustavo não me responde, QUE SACO queria dar um rolê de jeep e comer alguma coisa na piscina dele
Valentina Bertoni: interesseira pakas????
Elisa Cavalcanti: você não?
Valentina Bertoni: não??
to saindo daqui pra gente tomar um ginnnnnn
*grupo hoje*
Elisa Cavalcanti: Natasha estamos preocupadas, cadê você mulher
Valentina Bertoni: amigaaaaa
Natasha Bastos: bom dia amigas, dormi cedo ontem :(
📲 Whatsapp 📲

Coloco o celular de volta na cama, olho para o lado e me deparo com Gustavo dormindo, seu cabelo bagunçado, seus lábios entreabertos, e seu braço esquerdo esticado sobre a cama, quase tomando o espaço todo.
Sem o acordar, aproximo do mesmo e passo o polegar sobe seu cabelo macio.
Não posso fazer isso com a Elisa, ela gosta dele e se me descobrisse aqui, ela nunca iria me perdoar.
Levanto e pego minhas coisas, me troco o mais rápido que consigo e chamo um Uber.
Espero que o motorista não pense que sou uma idiota, com a roupa toda suja de chantilly seco. Tinha parado de chover e o tempo estava aberto, e lindo por sinal.
Ao sair de sua casa ele ainda não havia acordado, aliás não era tão tarde e eu não fiz muito barulho.

— Que que vocês tão fazendo aqui? -me assusto ao ver as meninas na frente do meu prédio-

— Fui ver se você estava bem, mas o porteiro disse que você nem dormiu em casa ontem. -Valentina cruza os braços- o que você tá escondendo da gente?

— Caralho? -balanço a cabeça- vocês estão me vigiando? -sigo direto pro elevador-

  — A gente tá preocupada? -Elisa diz- você não avisa a gente de nada.

  — Não sabia que vocês eram meus pais. -zombo- desculpa meninas, não vai se repetir.

  — Espero que não. -elas entram comigo em meu apartamento- agora conta tudo sobre o sugar daddy.

  — Quem? -questiono e tranco a porta de entrada-

  — Você não estava com ele ontem? -Elisa indaga-

Estava? Não, mas elas não podiam saber com quem eu realmente estive.
Então, acabei por mentir.

   — Ah. -começo a rir e vou pro meu quarto- estava sim, mas não sei se ele gostou ou não. -minto-

  — Por que acha isso? -Valentina pergunta e se senta em minha cama ao lado de Elisa-

  — Sei lá. -dou de ombros- vamos ver o que ele vai falar amanhã.

  — Isso, depois nos conta o que ele disse. -Elisa se anima- pelo menos alguém tem um relacionamento aqui. -ela reclama e se joga na cama-

  — Como assim? -pergunto me referindo ao "relacionamento"-

𝐎 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐫𝐨𝐧𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora