Capítulo 31

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Natasha Bastos

Acordo com uma falação de gente parecendo que vinha da cozinha.
Limpo meus olhos com as mãos e me espreguiço.

   — Bom dia? -falo com os três e abraço Gustavo por trás-
 
   — Bom dia demais. -Joaquim comemora e me mostra um caderninho cheio de nomes-

   — Que isso? Caderno do arraso? -pergunto e me sento ao lado de Gustavo no balcão, de frente para Valentina e Joaquim-

   — Muito bom. -Valentina começa a rir- se você adivinhar, ganha uma torrada. -Ela empurra uma tigela cheia de torradas pra mim pelo balcão-

  — Que bom que se sentiram em casa pra comer. -reviro os olhos- não sei gente, vão fazer um death note?

  — Não caralho, vamos fazer uma festança mesmo. Mas dessa vez vamos anotar pra não aparecer qualquer um e ir entrando. -Joaquim explica enquanto anota outros nomes no caderno-

  — Isso não vai dar certo. -Gustavo comenta e bebe um pouco do seu café na xícara, olha fizeram até café-

  — Claro que não. -Joaquim começa a rir- mas vamos fazer dar certo.

  — E vai ser aonde? -pergunto e me levanto pra esquentar meu chá-

   — Na república, pensei até em chamar um Dj. O que vocês acham? -Joaquim se anima mais que tudo-

  — E você vai pagar? -Gustavo começa a rir- para de ser otário, mano.

  — Vou cobrar na porta, ué. -Joaquim da de ombros- deu oitenta e sete pessoas.

  — Lá em casa tem um sonzão que a Silvia gosta de usar nos eventos dela, se quiser pode levar. -Gustavo da de ombros- eu empresto, mas Dj não acho uma boa ideia.

  — Também acho melhor o som, Joaquim. -Valentina comenta-

   — Então será som. -Ele responde feliz e já avança em seu celular- vou fazer o grupo agora.

  — Pra que dia que ficou marcado essa brincadeirinha? -Digo enquanto sopro meu chá-

  — Hoje, ué? -Joaquim me olha como se fosse óbvio, e eu finalmente lembro que é sexta-feira-

   — Verdade, sexta-feira.

  — Sim, e vou nessa. -Ele coloca a bolsa que trouxe nas costas- preciso ajeitar tudo pra hoje a noite.

   — Não vai trabalhar? -Valentina o questiona-

  — Quer que eu te deixe no trabalho? -Gustavo aparece na frente tampando a trama que eu estava pra presenciar-

  — Não, eu vou de uber mesmo. -dou de ombros- tenho que resolver umas coisas no centro ainda.

  — Tem certeza?

  — Sim, obrigada. -o beijo rápido e levo minha xícara até a pia-

  — Até depois, otários. -Valentina se despede e sai junto com o Joaquim do apartamento-

"Até" respondo mentalmente e ajeito as louças para lavar.
Gustavo se posiciona atrás de mim, me abraçando por trás.

   — E você vai hoje, na república? -Ele pergunta junto ao meu ouvido, traçando o caminho do meu braço direito com seu dedo indicador-

   — N-não. -falho na resposta ao sentir um leve arrepio com seu ato-

   — Por que não? -ele permanece no mesmo tom de voz, suave e tentador. Seu dedo percorre a bainha da minha camiseta de pijama, subindo até o início dos meus peitos-

𝐎 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐫𝐨𝐧𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora