Capítulo 12

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Natasha Bastos

Acordo ao sentir o outro lado da minha cama se mexer, e me viro dando de cara com Gustavo.

  — Porra, Gustavo. -reclamo e me cubro com o edredom-

   — Tá na hora de levantar, comprei até o almoço pra nós. -ele diz e tira minha camada de proteção-

  — Almoço? -olho pra ele- por que parece que você acordou a horas?

  — Porque eu acordei. -ele sorri e se senta- vamos.

  — Que horas são? -me levanto e o sigo até a sala-

  — Uma e meia da tarde. -ele me olha com desaprovação- o sono tava bom?

  — Com esse tempinho o mais maravilhoso foi dormir. -levanto meus braços pra me esticar, acordei tão rápido que todos os meus órgãos ainda estavam em repouso-

   — Você tá certa. -ele sorri de lado- vamos ver um filme?

  — Filme? -engasgo- e você não vai embora?

  — Não? -ele diz com um tom como se fosse óbvio, e se senta no sofá-

  — Okay... -acompanho o com o olhar- e você comprou o que?

  — Macarrão branco e vinho. -Ele sorri todo bobo- tava na promoção.

  — Ouch? -me sento ao seu lado- pediu um chocolate quente pra aproveitar essa chuva?

  — Não, mas posso pedir. -ele alcança seu celular no bolso e eu pego o mesmo-

  — Eu tava brincando? Macarrão e vinho tá ótimo, eu amo. -sorrio de lado e deixo o celular dele do outro lado do sofá-

  — Ótimo. -ele serve o macarrão nos pratos e me entrega um- você come de colher ou garfo?

  — Existe alguém que coma de colher?

   — Não seja preconceituosa, senhorita Bastos. -ele sorri de canto e me entrega o garfo-

  — Não acredito que tramou tudo isso enquanto eu dormia. -reviro os olhos-

  — Não tramei nada. -ele rodopeia o garfo sobre o macarrão e pega uma pequena quantidade levando a boca em seguida-

  — Então estava no seu plano? Ficar louco de MD? Me tirar do meu encontro, e depois dormir aqui?

  — Sim, estava tão na cara assim? -ele sorri de canto-

  — Sim. -reviro os olhos- põe vinho pra gente que eu vou por o filme.

  — Certo. -ele se levanta e eu aproveito pra colocar Esposa de mentirinha, esse filme é perfeito e não tem romance pra me deixar sem graça, bom... não tem tanto assim-

   — Aqui pra você. -ele me entrega uma taça e segura a outra- achei no seu armário.

  — Você mexeu em tudo, não é? -pergunto enquanto bebo um pouco do vinho-

  — Sim. -ele da uma risada e bebe grande quantidade do líquido contido na taça-

Só balanço a cabeça pra confirmar e presto atenção no filme, eu já tinha visto aquele filme umas milhões de vezes, mas eu continuava a dar risadas e cruzar os dedos para que eles ficassem juntos no final.

   — Por que você pausou? -pergunto a ele-

  — Preciso ir ao banheiro. -ele começa a rir- já bebi demais.

  — Você é muito fraco. -reviro os olhos- e vai logo.

Ele deixa os pratos e a taça encima da mesinha e vai pro banheiro.
Ouço um barulho de alguma coisa caindo, provavelmente o celular dele.

𝐎 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐫𝐨𝐧𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora