𝐎 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐫𝐨𝐧𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫

Capítulo 16

Natasha Bastos

Acordo com o som do despertador me notificando que já estava na hora de levantar.
Mando uma mensagem pro Gustavo, antes de me mover dos meus cobertores, porque diferente de ontem, hoje estava um clima de frio e nessa madrugada provavelmente iria cair uma chuva daquelas.

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Natasha Bastos: bom dia, Gustavo?
Tudo bem por aí?
Gustavo Pontes: acordado pronto pra aprender!
Natasha Bastos: ótimo já estou saindo daqui
Esteja pronto quando eu chegar
Gustavo Pontes: já estou de pé senhorita
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Levanto da cama com muita dificuldade, caminho até a cozinha e sorrio pra mim mesma ao me deparar com as mudas lindas que o João comprou pensando em mim.
Faço um chá pra viagem enquanto troco de roupa.
Coloco uma blusa gola alta na cor branca, acompanhada de calça jeans mais claras e um all star preto.
Penteio meu cabelo e faço minhas higienes matinais.
Alcanço meu chá e peço um uber, por simples preguiça de ir dirigindo até tão tão distante.
Pego minha bolsa com meus materiais necessários e vou pro carro do uber.

— Bom dia, sou a Natasha. -me explico pra Maria assim que ela abre a porta- não sei se você está lembrada de mim.

— Claro que lembro. -ela sorri- entre, por favor.

— Sim. -sorrio simpática e entro na casa-

— Ele está te esperando na biblioteca. -ela explica e me abandona naquela casa gigante. Eu já estive ali algumas vezes, mas sempre fico maravilhada com tudo que continha naquela casa enorme-

— Ok. -digo e subo para o andar de cima, sigo até a biblioteca-

— Pensei que você não viria mais. -ele reclama sentado no mesmo lugar de a outra vez-

— Gostou de esperar? -falo irônica enquanto me ajeito na cadeira a sua frente-

— Chata. -ele revira os olhos-

— Vamos ralar hoje. -balanço a cabeça- ficamos aquela semana sem monitoria e agora estamos meio atrasados em relação ao outro monitor.

— E o que isso tem a ver? -ele pergunta-

— Tem a ver que você faz a prova no mesmo dia que o monitorando dele, e se ele estiver sabendo mais que você...

— Já entendi, vamos logo com isso. -ele suspira-

— Ok. -alcanço meus materiais e deposito encima de sua mesa grande- pode me passar os testes que deixei com você na primeira semana?

— Claro. -ele abaixa na cadeira pra pegar algo e me entrega quatro folhas cheias de cálculos-

— Ótimo, gostei de ver. -dou uma avaliada rápida nos cálculos- o professor Murilo que corrige, infelizmente não sou eu.

— Por que infelizmente?

— Porque poderíamos resolver isso agora? -dou de ombros- enfim, vamos começar.

Ficamos a tarde toda repondo a matéria e tempo perdido da outra monitoria, não fizemos pausa nenhuma, a não ser uma vez pra ele ir ao banheiro.
Estávamos juntos com o outro monitor, ainda bem, porque a qualquer momento poderiam pegar a gente de surpresa, e acabou tudo.

— Você sente que está aprendendo algo realmente? -interrogo enquanto guardo minhas coisas-

— Falar a verdade? -ele se esparrama na cadeira grande-

— Sim? -não faço contato visual enquanto recolho minhas coisas-

— Muito, melhor que com o professor. -ele da de ombros e se levanta-