Capítulo 35

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Natasha Bastos

Segunda-feira.
Acordo com o barulho do despertador, que preguiça de ter que trabalhar depois de passar o domingo todo dentro de casa, sem fazer nada.
Levanto para tomar um banho, visto uma roupa confortável para que eu possa trabalhar e depois ir para a faculdade.
Faço um chá e coloco numa caneca térmica para levar.
Dirijo até o consultório, não deveria estar pensando sobre isso... mas os motivos de Gustavo ter começado a me tratar assim, não está batendo. Era normal, como quando ele ficava com a Laís, antes de ela se mudar... era diferente. Ele pode ter confundido tudo com o João, mas o meu orgulho nunca que vai permitir de eu mandar uma mensagem.
Estaciono na vaga do consultório de sempre.

   — Bom dia, Natasha. -João me cumprimenta no elevador-

— Oh, não. -sorrio a ele- bom dia, não esperava ver você tão cedo aqui.

— Aqui onde? No meu trabalho? -ele diz e da uma risada rápida-

— Haha. -fazer uma risada irônica e cruzo os braços encarando o lado oposto ao dele-

   — Desculpa se fui grosso. -ele aperta meu ombro e pela minha sorte a porta do elevador se abre-

Não respondo.
Apenas começo a organizar as coisas antes dos clientes chegarem, ele não diz mais nada e segue para sua sala.

   — Bom dia, Na. -Mariana adentra o consultório com alguns livros em mãos-

  — Vai pra onde com tanto livro? -pergunto a ela enquanto ajeito sua ficha de consulta-

  — Depois daqui tenho clube do livro.

— Faz sentido.

Peço pra que ela assine alguns papéis para a conclusão.
O restante da manhã passou bem rapidinho com o entra e sai de pessoas, aliás eu almoçaria em algum lugar ou só me contentaria com meu chá?

  — Vamos almoçar? -João pergunta lendo meus pensamentos-

— Oh, não. -olho pra ele- você me assustou...

  — Claro, se quiser. -ele abre um sorriso sem mostrar os dentes- e desculpa te assustar.

  — Na verdade quero sim. -me levanto para retirar o jaleco, e o penduro no gancho-

Ele não abandona o sorriso e vamos para o estacionamento.

   — Tem algum lugar específico em que queira ir? -ele pergunta ao destravar o carro-

— Queria uma comidinha de praça de alimentação. -queria mais companhia caso ele queira me matar do nada... brincadeira-

  — Então, vamos.

Ele dirige para o shopping mais próximo e eu observo seu carro e o modo que ele dirige.

   — O que você achou de sábado? -ele me olha rápido e volta a atenção pro caminho-

— Em relação aos seus amigos? -pergunto enquanto coloco o cinto de segurança-

   — Isso, na verdade em relação a tudo.

— Amei conhecer eles, são muito divertidos. -continuo- e obrigado por ter pago tudo, não mandei mensagem ontem porque queria um tempo pra mim.

𝐎 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐫𝐨𝐧𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora