Capítulo 15

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Natasha Bastos

De longe essas foi uma das sextas-feiras mais exaustivas do consultório.
Reflito enquanto guardo as coisas pra ir embora.

   — Hoje não vou conseguir te levar. -doutor Andrade aparece escorado no portal da porta de madeira-

  — Oh. -nego com a cabeça e me apresso a guardar as coisas- não tem problema.

  — Tem certeza? -ele sorri de lado-

  — Sim. -coloco a bolsa no ombro- nos vemos amanhã. -vou até ele e o abraço de despedida-

  — Até amanhã. -nos despedimos e sigo direto pra faculdade-

Precisava comer alguma coisa antes da aula de cálculos.
Abandono o prédio do consultório e dirijo até a faculdade.

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Valentina Bertoni: já tá na facul?
vem aqui no campo, tamo aqui de bobeira.
Natasha Bastos: a estou indo.
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Compro um salgadinho e um refrigerante pra comer no campo.
Pago e sigo pro meu destino.
Acho a Valentina sentada conversando com o Joaquim, e a Elisa agarrando o Gustavo pelo colarinho, oh não.

  — Atrapalho? -falo com todos, porém só Joaquim e Valentina me respondem-

  — Nunca. -Valentina diz- vai pra aula hoje de novo?

  — Deveria ser uma rotina, não? -pergunto enquanto me sento ajoelhada na arquibancada debaixo, de frente pra eles-

  — Até que sim. -Joaquim responde e se encosta na arquibancada rindo- mas eu não gosto de rotinas.

  — E nem deveria gostar. -Gustavo finalmente fala alguma coisa-

  — É... -fico quieta enquanto abro o saco de salgadinho- alguém quer? -ofereço-

   — Não, obrigada. -Elisa diz do colo de Gustavo, não eram só amigos?-

   — Eu que agradeço. -sorrio irônica-

  — Querem ir lá pra casa ficar de bobeira? -Joaquim oferece-

  — Eu topo. -Elisa se pronuncia animada e Valentina nega com a cabeça-

  — Ah. -Joaquim resmunga- por que não, Bertoni?

  — Tenho aula também. -ela esclarece- se não, iria.

  — Desde quando aula limitou a gente a algo? -Ele se anima- vamos, galera.

  — Não conte comigo. -falo enquanto devoro meu salgado-

    — Conte comigo. -Ouço Gustavo citar antes de seus lábios serem tomados pelos da Elisa, socorro que promiscuídos-

   — Claro. -digo pra mim mesma-

  — Comigo também. -Elisa se pronuncia-

  — Com vocês eu sempre posso contar. -Joaquim revira os olhos- preciso de carne nova. -sinto seus olhos encima de mim-

  — Não, obrigada.

  — Ah, eu também vou, vai. -Valentina se entrega-

  — Disso que eu estou falando. -Joaquim a abraça-

  — Estão falando de que? -Renan, que também estudava com eles, entra na conversa-

  — Ir lá pra casa, topa? -Joaquim pergunta-

  — Só se a Natasha for. -Ele diz e repousa suas mãos encima dos meus ombros-

   — Ouch, garoto. -retiro suas mãos atrevidas- nem te conheço.

𝐎 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐫𝐨𝐧𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora