Capítulo 28

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Natasha Bastos

Acordo com o bafo quente de João no meu braço e sinto seu corpo atrás do meu. Me viro pra ele e abro um sorriso, ainda com os olhos fechados.

    — Bom dia, princesa. -ele me beija rapidamente- comprei almoço pra gente.

   — Almoço?! -Levanto assustada- como assim? Que horas são?

  — Quase uma hora. -ele fica desentendido- desliguei seu alarme pra poder dormir mais.

   — Por que você fez isso?

   — Porque sou seu chefe. -ele responde e simplesmente cala minha boca, tuchê-

  — Ah. -forço um sorriso- e desmarcou os horários?

   — Passei para depois das duas. -Ele se levanta e me puxa- agora vem comer pra gente poder ir.

  — Por que desligou meu alarme? Só por saber mesmo. -repito novamente a pergunta enquanto tiro o lacre da minha marmita-

   — Só achei que estava cansada e precisava dormir mais. -Ele sorri simpático e começa a comer- e precisava mesmo, olha a hora que acordou.

   — Oh. -solto uma risada pelo nariz- que isso, tenho o sono regulado.

   — Não tem muito não.

Não respondo mais, não costumo falar enquanto como, para ficar mais concentrada e saborear melhor a comida.

   — Vai pra faculdade hoje? -Ele pergunta já arrumando a bagunça da mesa-

   — Vou sim. -Me levanto- você coloca tudo dentro da pia? Eu tenho que me arrumar.

  — Deixa comigo.

Vou até meu quarto, aproveito o dia ensolarado e coloco uma camiseta branca lisa e uma calça jeans clara, all star totalmente branco, e alguns acessórios.
Faço minhas higienes pessoais e já estou pronta.

    — Podemos ir? -apareço na cozinha e noto que a mesma está impecável- obrigada por lavar tudo.

  — Foi um prazer. -Recebo um beijo e um aperto na bunda antes de irmos, mas que cara estranho-

  — Quer uma rapidinha? -pergunto rindo, já no elevador-

   — Hum? -ele pergunta fixado sua atenção no celular- disse alguma coisa?

  — Era só uma brincadeira. -reviro os olhos internamente-

  — Ok. -ele escuta alguns áudios em seu telefone e eu permaneço em silêncio-

   — Vamos no meu carro? -ele pergunta já alcançando a chave-

   — Vou no meu e você no seu. -respondo e caminho até meu carro-

   — Aconteceu alguma coisa? -Pergunta já em seu carro-

   — Não se preocupe.

Entro no meu carro e dirijo até o consultório, não sei se isso daria certo, nossos gostos pareciam não serem iguais, e acho que não consigo viver assim, mas se bem que isso é o início, ainda estamos nos conhecendo, compensa dar essa chance.
Estaciono no lugar mais perto da entrada possível, subo pro consultório.

    — Boa tarde, Andressa. -cumprimento uma cliente que já estava na porta- demorei?

   — E como. -ela responde com um sorriso simpático-

   — Perdão, tive um pequeno imprevisto. -Abro a porta e entramos em seguida- fica a vontade, já vou esterilizar a sala pra você entrar.

Entro na sala para vestir meu uniforme, esterilizo o local como prometido e logo João entra pela porta já vestido adequadamente.
Saio assim que acabo meu serviço, não estava com paciência para falar com ele naquele momento.

𝐎 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐫𝐨𝐧𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora