Uma Paixão Literária - Tom Riddle

Toda a Minha Atenção

- Amiga, acho que você está equivocada, ele pode beijar outra...mas ele fica em cima de você, ele quer você, isso é visível para todos - Druella fala ao chegar em minha estante onde estava buscando um livro sobre os Young dessa realidade.
- Ella preste bastante atenção no que vou te dizer - me viro para ela a olhando atenta - não existe isso, se a pessoa realmente gostar de alguém ela simplesmente não vai considerar nenhuma segunda opção, não quando a primeira estava ao lado dela, o amor em sua verdade é sincero, honesto e além de tudo existe o respeito mútuo...isso que as pessoas dizem ser "amor" é só uma desculpinha que os homens inventaram para encobrir os erros que cometem amaciando a auto-estima fragilizada da maioria das mulheres as jogando contra as próprias mulheres para aliviar a sua parte da culpa, nunca acredite nisso Ella é a pior mentira que alguém pode te contar - falo ao sair em direção a outra estante da biblioteca.

Já se passaram dois dias, e estou evitando Riddle, o tratando como trato a todos, cordial e falando apenas o extremamente necessário.
Após minutos de reflexão daquela noite, eu me lembrei que a culpa não era minha, eu simplesmente fui um ser humano que disponibilizou um espaço para ele e ele não soube valorizar eu apenas o tirei desse espaço.
Não precisei chorar, nem me punir por algo que não tive culpa, se ele não tem respeito a minha integridade e a minha presença, não é minha culpa, então somente apaguei ele de minha vida como se nada tivesse acontecido.
Eu não preciso brigar, nem espernear eu me amo muito para me forçar a isso.
- Me desculpe, Cherry - ela fala envergonhada - você esta certa, eu...nunca pensei assim...eu me sinto tão... envergonhada - ela fala ao se sentar em uma cadeira da mesa de estudos.
- A culpa não é sua se nunca foi te apresentado a verdade, Ella - beijo sua bochecha com ternura - sabe, eu nasci para viver, para ser livre, eu não nasci para pertencer a ninguém, eu me amo muito para isso... e você deveria experimentar se olhar com amor, Ella, não precisa de um casamento com um sangue-puro babaca para ser feliz, as vezes o desconhecido é o melhor caminho a se seguir - pego um livro sobre árvores genealógicas e acho que esse talvez possa me ajudar.
- Cherry, podemos conversar? - escuto a voz do garoto que eu infelizmente não posso fugir para sempre.
- Claro, Riddle - falo tranquila ao me afastar de Druella para conversar com ele.
- O que está acontecendo, coelhinha? Eu te fiz alguma coisa que você não gostou? - me questiona nervoso.
- Riddle, você não fez nada para mim, porque não me doeu - começo a gesticular - a única coisa que me magoou foi a sua falta de respeito com a minha presença ao seu lado, se não queria estar comigo, não deveria ter aceitado o meu convite para a reunião, eu não iria ficar brava com sua resposta sincera...mas já passou, siga sua vida, eu estou seguindo a minha, só te peço que não queira mais brincar comigo, eu não preciso da sua atenção e você não precisa me dar sua atenção - termino meu monólogo sorrindo sincera para ele, que me encara totalmente entristecido.
- Do que está falando? O que eu fiz de errado? Não diga essas coisas, você é a minha coelhinha e eu adoro estar com você - tenta se aproximar de meu corpo mas recuo o parando com a minha mão.
- Riddle, você não precisava da minha companhia durante a reunião, aceitou o convite por conveniência, eu sei reconhecer perfeitamente uma pessoa que só se importa com si próprio - experiência de anos com minha mãe e meu avô, eles te dão atenção nos intervalos de tempo entre os seus objetivos e os seus companheiros pegam as migalhas como se fosse algo valioso que mais ninguém os pudessem oferecer - eu fui sozinha para a reunião Riddle, e estive sozinha na reunião, você apenas me levou até lá, quando alguém te chama para algo, ela não quer apenas aparecer com você, ela quer sua companhia quer que você compartilhe coisas com ela, compartilhe momentos únicos e verdadeiros - falo mantendo a minha voz tranquila, eu estou com a consciência tranquila - eu fui atrás de você inúmeras vezes naquela reunião, e tudo que eu ganhava de você era um nada ou um segurar em minha cintura junto a um sorriso polido e falso, eu falei que não sou um troféu e nem um brinquedo, mas você me trata como se eu fosse o seu chaveiro pessoal, apenas enfeitando seus objetos - olho no fundo de seus olhos - você ter beijado Walburga Black, não me entristeceu, somente me mostrou, que eu sou mulher demais para um homem como você, eu não preciso ser adorada por você Tom Riddle, eu não preciso de nada que venha de você, porque eu - aponto para o meu próprio peito - sei que suas migalhas não podem sustentar o meu amor por mim mesma e nem mesmo chega perto do amor que sinto por mim mesma - seguro suas mãos com carinho - Então Riddle, eu espero que você não me procure, porque eu não vou aceitar mais o que você tem a me oferecer - solto suas mãos e vou em direção a porta da biblioteca, respirando com tranquilidade, eu precisava falar isso para me sentir em paz comigo mesma.

- TOM MARVOLO RIDDLE POV. -

- Sabe Walburga Black, eu conheci alguém, alguém muito...muito impressionante - falo para a garota amordaçada que me encarava com medo - um diamante lindo que reluz tanto que ofusca o brilho de todos em sua volta, quando a vi pela primeira vez eu a achei tão linda e delicada, mas algo exalava dela, era algo muito forte, muito decidido...era tudo muito magnânimo...eu a denominei como minha coelhinha, eu a queria tanto, tanto, era insuportável para mim o tanto que queria provar do que ela tinha de mais belo - falo completamente deslumbrado ao me lembrar de quando vi a minha coelhinha pela primeira vez - a criatura mais perfeita já criada nessa merda de mundo, eu a quis tanto, eu me dei totalmente a esse anseio do meu coração, estava contente em escutar ela me chamando de qualquer nome ruim que saísse da sua boca perfeita, apenas por ela estar se direcionando a mim, já sentiu algo assim? - a questiono olhando para a garota amarrada ao chão - acredito que não, não importa, ela é inteligente, independente, amável, gentil e muitas outras denominações, ela amedontra os meus comensais apenas com sua presença - solto uma breve risada ao me lembrar do soco potente que minha coelhinha deu no Malfoy - ela me fazia feliz, mesmo sem estarmos juntos...eu estava me moldando ao que ela tinha a me mostrar, o seu modo de olhar o mundo é lindo, e então ela me chamou para a acompanhar na reunião do Slughorn - suspiro pesarosamente - eu nunca fiquei tão ansioso e feliz, estava indo tudo bem, ela até me chamou de "apresentável" - rio novamente ao deixar um lágrima solitária sair de meu olho - eu queria tanto ter ficado grudado nela durante as três horas, mas temi que ela achasse que eu estava sendo um obsessivo, mas aí minha cara, aí que você entra - aponto minha varinha para ela - a xingando de "qualquer", " vadia", "vulgar"...ah senhorita Black a minha coelhinha é um anjo dos trouxas habitando nessa Terra, fiquei orgulhoso como a minha rainha te respondeu, aliás - sorrio pervesamente para a garota - sou grato pelas suas memórias. Minha rainha, acabou com a sua falta de caráter sem nem a insultar diretamente, uma vergonha que poderia ser totalmente evitada senhorita Black, durante o jantar você parecia uma prostituta oferecida, deixou a minha linda e delicada coelhinha completamente desconfortável, algo muito ruim para você devo dizer...- ando em círculos pensativo - mas você não só foi uma oferecida como sempre foi, você tinha uma única intenção...uma péssima intenção - sorrio para ela, que se contorce mais tentando sair do seu lugar - você sabia que ela estava vindo atrás de mim, sabia que ela veria, e tenho certeza que ela não viu o empurrão que eu te dei, claro que não, você a fez sofrer, você a fez me enojar, você fez o único ser humano que eu mais queria ao meu lado me detestar, sua punição senhorita Black - aponto para ela a minha varinha me abaixando para ficar perto do seu rosto - você vai ser o meu alívio de estresse, até que ela volte a olhar em minha cara novamente...você não queria atenção, querida? - pergunto cinicamente ao segurar o seu rosto com certo nojo - Fique feliz, agora, você terá toda a minha atenção, senhorita Black... CRUCIO - grito com todo o ódio e fúria existente em meu ser ao apontar a minha varinha para a garota.