Uma Paixão Literária - Tom Riddle

Epílogo

Eu estava em minha casa novamente, não a casa em que era o meu lar, mas, em minha casa em minha vida real.

Não sabia nem que dia era aqui na minha verdadeira realidade, eu me encarava no espelho e não estava com minha aparência de trinta e cinco anos, eu estava exatamente com a minha aparência de dezessete anos antes mesmo de eu pintar meu cabelo de loiro.

Eu estava a mesma de quando saí...meu bebê, foi a primeira coisa que se passou em minha cabeça e logo corro para pegar o esteto e o colocar em minha barriga, eu estava com dois meses e três semanas...eu escutava...escutava o coração dele bater e logo fico completamente chocada...aquilo não deveria ser possível...eu não deveria estar grávida.

- Você é um guerreiro, meu pequenino - acaricio minha barriga ao me encarar no espelho.

Meu coração doía, eu o deixei quando não eram nem seis da manhã, eu simplesmente sabia que seria o melhor assim, Tom seria melhor se ele fosse o que ele sempre desejou ser, ele sempre quis o poder, e eu apenas o afastei de sua verdadeira vontade.

Eu sabia que algo estava errado, não era para eu continuar grávida, assim que eu saí daquela realidade, eu nao deveria estar como estava lá...aquilo era muito difícil de entender, mesmo que a minha ida também fosse já que eu nunca havia praticado nada para ir para os livros.

Me sento em minha cama, olhando para o nada, eu não tinha mais o anel, esse havia ficado lá, eu voltei para o mundo real com a mesma roupa em que fui.

Eu me sinto vazia, sem vida, eu amava Tom e Dominic, deixá-los foi a decisão mais cruel em que já fiz em toda a minha vida, mas, era o necessário...era o melhor a se fazer.

As lágrimas de saudade e arrependimento me inundam assim que não sinto o cheiro do perfume de Tom nos lençóis da minha cama, não via os recados que ele deixava na minha mesa de cabeceira, não tinha mais os beijos de bom dia, não tinha mais os "eu te amo" todos os dias...não terei mais nada.

Irei seguir a minha vida, com o meu bebê, eu preciso ser forte pelo meu bebê e por mim.

Mesmo que doa, eu precisava seguir em frente, aquilo tudo seria uma memória se eu não estivesse grávida.

Respiro fundo antes de me levantar...eu tinha uma vida real para lidar agora.

Dois meses depois.

O dia de hoje fora marcado por chuvas densas por toda a Londres, o Sol não tivera um momento sequer para aparecer e nos aquecer.

Eu havia acabado de chegar do trabalho, eu havia diminuído a quantidade de plantões no hospital, pois agora eu passava grande parte do meu tempo escrevendo, eu queria lançar romances...era o que meu triste coração encontrava como distração enquanto não estava pensando nele e em meu Dominic.

Eu estava cansada, minha barriga de cinco meses já estava começando a pesar e eu tinha que andar com mais lentidão.

Meu médico que estava acompanhando já havia me dito que a minha gravidez era complicada e os seis tipos de vitaminas e dois comprimido em que eu tomava todos os dias me garantia isso, eu estava saudável, mesmo que me forçasse a comer todas as refeições.

Me sento no sofá, retirando o sapato com cuidado, logo me levanto para ir tomar um banho rápido, eu queria assistir um filme que passaria em um canal em que acompanhava as vezes quando o cansaço não me vencia.

Estava no meio do meu banho quando permito que o choro caía, eu simplesmente tentava driblar tudo o que me remetesse à ele, entretanto, hoje era um dia difícil para mim...era o nosso dia...estaríamos completando doze anos de casamento e eu só queria tê-lo para mim novamente.