Coelhinha

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Abro meus olhos lentamente tentando me acostumar com a luz do lugar, tentando me lembrar do que aconteceu...AH NÃO, olho para os lados e vejo uma mulher loira um pouco senhora já, que penso ser a medi-bruxa do lugar me olhando atentamente, cruzes, deu até medo.

- Vou chamar o diretor Dippet e você fica aqui com ela, senhor Riddle - a mulher fala ao sair correndo da enfermaria.

Riddle? Me levanto de súbito e me viro rapidamente dando de cara com um Tom Riddle sentado espaçoso em uma poltrona perto da minha cama, e o pior me encarando fixamente, o que esse povo tanto gosta de me encarar? Eu sou um E.T por acaso?

- Que belo susto você me deu, coelhinha - sua voz grossa e excitante...excitante, Cherry Lisa Young...sério? Porra, macho do caralho.

- Coelhinha? Tenho cara de animal agora? - penso alto, mas logo em seguida me dando um tapa internamente, mas não consegue fechar a boca mesmo, né mulher?

Ele solta uma risada melodiosa e se levanta vindo até mim, parando em minha frente e para minha total surpresa e asco ele afaga minha bochecha com seus dedos quentes.

- Minha coelhinha, vejo que começamos mal...vamos começar de novo, já que você desmaiou derrepente e tive que traze-la com deveras rapidez - abre minhas pernas ficando entre as mesmas, QUE ISSO? QUE ISSO? Ele só pode estar de gozação com a minha cara.

- Olha, senhor Riddle - o afasto de mim, mas ele volta e agarra as minhas coxas as acariciando com seus dedos, olha não sei o que a estrela cadente entendeu, mas isso não estava no meu roteiro de pedidos...desde quando Tom Riddle fazia uma coisa dessas? - estou muito grata por ter me trazido até aqui, mas não acho adequado me chamar de coelhinha, sendo que nem meu nome verdadeiro você sabe - cruzo meus braços no peito... abusado.

- Qual o seu nome, senhorita coelhinha? - me pergunta com um sorriso ladino, vadio.

- Não te importa - respondo sorrindo sapeca para o garoto, eu só posso estar de brincadeira comigo mesma, Cherry você esta se colocando em um incêndio sem uma máscara de oxigênio na sua cara.

- Ah me importa sim, minha coelhinha...quero saber o nome da dona dos olhos verdes mais bonitos que eu já vi - se aproxima perigosamente de minha boca.

- Está certo garanhão - o afasto de meu corpo com minhas mãos em seus ombros largos - meu nome é Cherry, e se mantenha longe por favor - falo tentando afastar esse homem de perto de mim.
- Cherry - fala como se aprova-se meu nome -sabe - me puxa para perto de seu corpo, arrancando um gritinho surpreso de meus lábios...mas nossa que mãos firmes...que? - cerejas são as minhas frutas favoritas, minha coelhinha - morde o lóbulo da minha orelha, e finalmente se afasta do meu corpo ao escutar o barulho de passos vindo até a enfermaria.

O QUE FOI ESSA MERDA TODA? Esse não é o Tom Riddle que eu conheci não... esse é bem mais perigoso, não para o mundo bruxo...mas para mim e a minha sanidade mental.

- Senhorita Young? - a voz do senhor Dippet ecoa em meus ouvidos me trazendo de volta para a realidade. Como ele sabia meu nome?

- Sim - respondo tentando permanecer calma, pois era exatamente o que era necessário no momento.

- Estavamos a esperando - estavam é? - a senhorita ia chegar apenas amanhã de Ilvermorny - Ilvermorny? Ih é? - sinto muito pelos seus pais - mas olha que gracinha essa estrela cadente, até em outra realidade eu sou uma orfã.

- Hm...está tudo bem - foi tudo o que consegui dizer no momento.

- Certo, hoje iremos deixa-la dormir aqui na enfermaria já que você teve um desmaio nos braços do nosso monitor-chefe quando ele te achou na entrada do castelo - se vira para Tom Riddle que apenas acena com a cabeça... convencido, coitado do Dippet vai saber o que estava praticando nessa voltinha noturna/ronda dele - amanhã faremos sua seleção para mandar suas coisas para o seu futuro dormitório - ele aponta para um malão no canto - ah sim, sua coruja já está aqui, chegou logo após que você - cara, eu tenho uma coruja...mas e minha varinha? - antes que eu me esqueça...aqui está sua varinha - ele me mostra uma delicada varinha com pequenos brilhos vermelhos em sua madeira escura - uma varinha de cerejeira, achei bastante interessante como a composição da sua varinha acompanha seu nome - pego em minha varinha totalmente fascinada, uau, eu amei, eu amei tanto.

- Obrigada, diretor - afirmo realmente grata, mas nossa, eu estou tão feliz, que é capaz de eu chorar na frente deles, mas não vou dar uma de doida logo agora.

- Vou deixar a senhorita descansar agora, tenha uma boa noite, senhorita Young - ele se afasta saindo da enfermaria - vamos Tom - ele chama da porta do cômodo.

O garoto vêm até mim, pega em minha mão e beija o dorso da minha mão.

- Até amanhã, minha coelhinha - se afasta de mim e saí pela porta, me deixando perplexa com o ocorrido.

Esse macho só pode estar de brincadeira, um Tom Riddle metido a "Don Juan", é algo realmente inusitado para mim, mas além de inusitado é preocupante...muito preocupante.

Uma Paixão Literária - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora