Uma Paixão Literária - Tom Riddle

Palhaçada do Slughorn (pt.2)

Adentramos a sala que se transformou em um pequeno salão de festa tipicamente bruxo, com alunos de todas as casas e de idades próximas circulando pelo lugar.
Começamos a andar e passar pelas pessoas, de uma maneira bastante chata eles se viravam para nós quase como se fôssemos um casal celebridade ou algo do gênero, fico desconfortável com as garotas me olhando com inveja, acredite minha filha, se você soube-se quem é o macho galanteador ao meu lado, você tremeria na base.
Mas o pior são os garotos testosteronados que me olham tanto que os olhos quase vêem até onde estou.
- Ah os meus alunos preferidos - escuto a voz animada do velho ecoar em meu lado e nos viramos para ele que nos para no meio do caminho - eu sabia que ficariam juntos, são inteligentes demais para se misturarem com o os outros - ele sorri orgulhoso para nós dois, e eu reviro os olhos internamente, patético - senhorita Young, devo dizer que você está deslumbrante, se eu fosse você Tom, cuidaria para que ela não escapasse, os meus alunos com toda certeza estão prontos para pedi-la em casamento em qualquer sorriso que a senhorita der - se volta para Riddle, dessa vez reviro meus olhos em sua frente e falo ao me soltar de Riddle.
- Com licença senhores - me afasto do mesmo indo em direção a onde minhas amigas estão com seus companheiros, quero dizer, eu acho, já que eles saíram rapidamente de perto delas...ah sim o grupinho seleto do Riddle, sempre correm quando me vêem chegando.
- Por Merlin, Cherry - Dorea fala exageradamente alto atraindo alguns olhares pars nossa interação - você está...muito linda, olha isso, minha nossa se eu usa-se isso minha prima me matava junto a minha mãe - pega um copo de alguma bebida e me entrega.
- Sua prima? - pergunto desintendida.
- Ah sim... Walburga Black - ela fala mas abaixa o tom para nós três - vaca má - sussurra a última parte.
Ah a mãe do Sirius e Régulos, é...inegavelmente ela é uma vaca.
- Inclusive...lá vem ela - Druella aponta com a cabeça para uma morena de cabelos castanhos cacheados presos em um coque alto, com uma maquiagem pesada, vestido preto rendado e saltos altos, em seu rosto um sorriso maldoso pendia, credo, ela me lembrava mais a Bellatrix do que a mãe dela Druella, que aliás é a minha amiga...já sei da onde vem a influência da maluca.
- Olá priminha, porquinha - olha para Ella, que abaixa a cabeça em constrangimento...ah pronto - e você - se volta para mim com um olhar superior - a nova vadia de Riddle, não fique tão contente querida, você nem é tudo isso...só está mostrando demais é vulgar e ninguém quer uma vulgar - sorri presunçosa para mim.
1...2...3, respira mulher, se acalma... 3...2...2...2.
- Olha, eu acho que mais do que ser vulgar, é pior ainda se casar com uma pessoa ranzinza, amargurada e com um espírito de maluca psicótica - falo a encarando tranquila.
- Ora sua...tudo bem querida, de qualquer forma, você é um bom passatempo para Tom, pelo menos ele pega experiência com alguém da vida - sorri dócil, ah mas gente, como a mulherada consegue ser difícil as vezes...
- Sabe querida, se todo esse seu showzinho é por causa de sua inveja por eu estar acompanhando o Riddle, recomendo que lide com isso, meu amor...nem sempre temos tudo o que queremos, minha criancinha mimada, para de querer chamar atenção o mundo não gira em torno de você, linda rosa juvenil...agora vai achar outra garotinha pra testar a paciência, vai vai - faço um movimento com a mão para ela sair - Ah antes que eu me esqueça - chamo novamente sua atenção - sabe, você não tem que encher o saco da pessoa que nem sabe quem é você, tem que brigar com a que trepa escondido com você - dou uma piscadinha pra ela como um "fica a dica" e ela me encara horrorizada saindo envergonhada de perto de mim.
Que maluca meu pai, a culpa é sempre da pessoa que não tá sabendo de nada, impressionante...
- Certo...isso foi incrível, você...nossa como você faz essas coisas? - Dorea me pergunta com os olhos brilhando.
- Sei lá, tem dia que eu estou com paciência e Merlin sabe que é melhor eu encontrar esses problemas nesses dias - dou de ombros ao ver Riddle chegar perto de mim com sua cara de poucos amigos.
- Senhoritas - ele cumprimenta minhas amigas que acenam com a cabeça em sua direção - coelhinha, está tudo bem? - sussurra para apenas eu o ouvir - vi a Black vindo até aqui e sair mais vermelha que a própria cor - ele comenta como quem não quer nada.
- Você sabe o que aconteceu, Riddle - reviro os olhos - eu só espero que você tenha respeito pela minha presença, Riddle, eu não sirvo para esse tipo de cena e situação de troféu e a outra verdadeira - falo séria sem desviar meus olhos dos seus.
- O que está querendo dizer, coelhinha? - me questiona aparentemente confuso.
Não respondo mais nada e Slughorn nos chama para o início do jantar.
Nos sentamos na mesa e a comida aparece em nossos pratos, comemos tranquilamente mas durante o jantar Walburga Black que estava de frente para Riddle e em todo momento o lançava olhares sugestivos que ele fingia não ver tentando sempre olhar apenas para mim e os professores ou as pessoas que falavam com ele, era algo bastante chato assim dizendo, fico chateada com esse tipo de comportamento.
Pois é, e o termo "vulgar" é sempre dado para a roupa da pessoa e nunca para as ações do ser.
Após a saborosa sobremesa Riddle se retira para conversar com os professores e alguns homens importantes me deixando com minhas amigas.
Mas já estava um tanto tarde e eu já estava começando a ficar com sono, decidi ir atrás de Riddle, que havia evaporado do nada.
- Meninas, vou me retirar estou com sono - falo me espreguiçando - até mais - dou tchau para elas com a mão que me mandam beijos com as mãos e me levanto indo procurar Riddle, para avisa-lo de que não precisava se preocupar que eu iria ir para o salão sozinha.
Estava quase desistindo até ir a porta do banheiro masculino, dando de cara com a cena de Walburga na frente de Riddle que segurava em sua cintura com distância do seu corpo e ela acaba com os espaço entre eles o puxando para um beijo, do qual eu não fico para assistir o final.
Em passos rápidos vou até o salão comunal sonserino, eu falei, eu avisei...que eu repudio essa situação de ter um lindo troféu para mostrar a todos, enquanto queria estar com outra e simplesmente me deixar sozinha plantada como uma tola no salão, detesto...isso me lembrava meu pai e o quanto ele era infeliz com a minha mãe, assim como minha vó era infeliz com o meu avô, isso realmente é algo bastante traumático em minha vida, eu prometi a mim mesma que eu não seria igual, e não vou ser.
Se ele não queria estar comigo era só ter negado o meu convite, mas ter aceitado e ficar atrás de outra foi péssimo e muito...triste, como sou boba, em acreditar que aqueles papinhos eram de verdade.
Uma lágrima solitária escorre de meus olhos e eu rapidamente a limpo, você não deveria se sentir traída Cherry Lisa Young, não quando você já sabia o que ele é de verdade... tão tolinha a pobre "coelhinha".