Corredor Escuro

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- SONSERINA - foi o que o chapéu seletor em minha cabeça gritou. Merda, Sonserina é a minha casa do coração, mas neste momento só significa uma coisa...não vai ter como escapar do futuro cara de cobra.
Cá estou eu, no escritório do diretor Dippet, sentada em um banquinho, com o chapéu seletor em minha cabeça, qual é, ele mal pensou e já me mandou pra Sonserina...que precipitado poxa.
- Muito bem, senhorita Young, acompanhe o senhor Riddle até o salão principal, depois do seu jantar ele irá te apresentar a escola - o diretor aponta para o garoto que sorri em aprovação.
Puta merda, isso só pode ser brincadeira, olha o outro monitor-chefe ali diretor, parece ser muito mais simpático e principalmente inofensivo, um lufano gente boa...mas não, o maldito sonserino "modelo" tem que ficar ao meu lado.
- Obrigada diretor - foi tudo o que disse antes de me retirar rapidamente do recinto.
Estava andando pensativa torcendo para o garoto não ter me seguido, mas como diz o ditado...felicidade de pobre dura pouco.
- Coelhinha, já está fugindo de mim? - questiona ao tocar em minha mão com a sua, solto rapidamente minha mão da sua e o encaro brava.
- O que é isso, Riddle? Você mal me conhece e me trata como se fosse meu namorado - pergunto parando em sua frente com as mãos em minha cintura.
- É o que eu vou ser de qualquer forma - ele dá de ombros pegando em minha mão novamente enlaçando nossos dedos.
Não falo nada desse vez, maldito, acha que vai ser assim? Só pode ser uma brincadeira de muito mal gosto... ou eu estou literalmente fodida.
Chegamos perto do salão principal e solto sua mão andando em sua frente indo para a mesa que sei que pertence a Sonserina.
Me sento no lugar vago entre duas garotas e as duas se viram para mim rapidamente, me analisando por inteiro.
- Seja bem vinda a Sonserina, senhorita Young, ou Casa das Cobras, como preferir ...você é mais bonita do que falaram - a ruiva fala ao me oferecer sua mão, da qual eu prontamente pego - Druella Rosier.
- Cherry Young - é o que respondo soltando sua mão e me virando para a outra garota.
- Você é muito linda mesmo, minha nossa... sou Dorea Black, muito prazer - me oferece sua mão também, da qual a aperto com leveza...essa era a Black boa pelo que me recordo, casou com um Potter.
- Agradeço os elogios, mas não é para tanto... - falo ao ver o jantar aparecer e nós começar-mos a comer em um silêncio confortável e estranho ao mesmo tempo.
Após a sobremesa Tom Maldito Riddle veio me falar que iríamos ao meu tour por Hogwarts em dez minutos, já que ele tinha que auxiliar os outros monitores, segundo ele.
- Chato - sussurro quando ele se afasta de mim.
- Você tem sorte, Cherry, todas as garotas são quase inexistentes para ele, passar um tempo com ele? Nossa isso é um luxo, o luxo do luxo, entende? - Druella comenta sorrindo para mim.
O que muitas desejam poucas detestam, no caso eu detesto.
- Ele não saí cantando as meninas por toda Hogwarts? Achei que ele fosse um tipo de garanhão libertino por aqui - falo confusa com a situação, já que ele deu a impressão para mim de um macho totalmente oposto do que ela havia falado.
Ambas soltam um riso exagerado e se voltam para mim.
- Só sabemos de boatos, mas ele não vai atrás das garotas, Cherry...elas praticamente lambem o chão que ele pisa, e se ele fica com alguma delas ele deve fazer alguma coisa para elas não falarem nada...porque ninguém sabe de nada...ninguém nunca viu nada, apenas especulações, já que ele é considerado o mais sedutor e atraente de Hogwarts - Dorea fala baixinho ao ver ele se aproximando novamente de nós.
- Senhorita Young - sua voz grossa soa novamente em meus ouvidos.
Então quer dizer que Tom Riddle na verdade era um galã muito seletivo e misterioso, que novidade, ele é babaca apenas comigo então...que ótimo.
Me despeço das minhas novas colegas e vou com Riddle em meu tour pelo castelo, estou muito animada confesso, meu lado potterhead não me deixa esquecer que isso é uma oportunidade única.
Estava encantada com o meu "passeio" até que Riddle vira em um corredor mais escuro comigo e me prensa na parede fria do mesmo.
- O que é isso, Riddle, seu ridículo sem escrúpulos - bato em seu peito tentando sair do seu aperto.
- Minha coelhinha - pega minhas mãos e as eleva em minha cabeça, prendendo meus pulsos com uma das suas mãos - tão deliciosa, por Merlin...você é tão tentadora - solto um suspiro e ele faz uma trilha de beijos molhados em meu pescoço até a minha boca, parando a sua a milímetros da minha.
Estávamos quase nos beijando e por Merlin, onde eu estou com a cabeça? Eu estava o desejando também... Porra Cherry, não, por favor, se controle, você não pode ser doída nesse nível ...
Com um impulso levanto meu joelho com força em seus "países baixos", do qual o mesmo com uma reação biológica se abaixa segurando ele, que por Merlin, olhando desse ângulo parecia grande né...quero dizer, merda, Cherry não olhe para ele assim, ele vai matar meio mundo e você não vai querer se meter com ele.

- Porra coelhinha - lágrimas saíam de seus olhos e eu brevemente fiquei comovida.

- Senhor Riddle, eu não queria ter feito isso - começo a gesticular nervosa - mas você tem que entender que eu não sou um brinquedinho, e muito menos aceito ser tratada como tal...passar bem, senhor Riddle - saío andando em direção a onde ele me ensinou ficar a masmorras.

Merlin, eu dei uma joelhada no Lorde das Trevas, porra eu só posso estar querendo uma morte lenta e tortuosa.

Uma Paixão Literária - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora