Foi difícil convencer Léo de que eu sozinha poderia cuidar do que aconteceu. Depois de muitas brigas e muita insistência, ele cedeu.
Cedeu bem mais motivado por que estava com problemas na empresa, e não ia se dedicar totalmente a investigação como ele gostaria, mas deixou a linda anãzinha da irmã dele pra me ajudar, e devo ressaltar, foi contra a minha vontade.
Já fazia mais de uma semana do ocorrido. Eu e Léo começamos o dia com uma bela transa no chuveiro, isso o deixaria de bom humor pelo resto do dia me deixando em paz pra resolver as coisas.
Logo depois do café, ele saiu para trabalhar. Não deu nem 20 minutos de sua saída e Alice adentrou meu apartamento, sem bater, tocar a campainha ou ser anunciada pelo porteiro. Ela trouxe com ela nosso detetive particular.
-Cheirinho de café - disse jogando a bolsa na poltrona - Espero que a mesa ainda esteja posta, estou com fome.
-Bom dia pra você também. - Resmunguei no sofá vendo ela ir em direção a mesa sem cerimônia alguma.
O homem atrás dela veio em minha direção enquanto segurava sua maleta.
-Como vai senhora Price? - Perguntou apertando minha mão.
Queria responder que bem, mas estaria mentindo.
-Não sabia que vinham hoje, Alice não avisou...
-Não deu tempo - disse ela com a boca cheia de pão. - O senhor Thomas me ligou de última hora e eu já estava no caminho.
-Sente-se - pedi e nos dois nos sentamos no sofá enquanto ele abria sua maleta e tirava vários papéis. Eu estava tensa, durante esses dias após o sequestro minha vida virou um inferno, eu só queria respostas. - Novidades?
-Na verdade, nenhuma. Quem orquestrou tudo isso soube fazer de um jeito que não fosse descoberto. A descrição que a diretora deu sobre a pessoa que buscou seu sobrinho, é exatamente a sua. O que não faz sentido, pois nessa hora você estava no avião vindo de Londres. Segunda coisa, convenientemente parece que as câmeras daquele local resolveram não funcionar naquele dia em questão.
-Está dizendo que veio até aqui, pra dizer que não conseguiu nada? - Perguntei pasma.
-Não senhora Price, estou dizendo que consegui o mínimo. Não existe o crime perfeito - disse ele me entregando papéis. - Essa é a única pista que consegui até agora, e vou seguir com a investigação a partir daí.
As fotos não tinham uma boa qualidade, mas mostravam dois homens grandes e encapuzados entrando no ferro velho com Theo desacordado.
Sim, foi confirmado no hospital que deram remédio pra ele dormir e boa parte do sequestro ele estava desacordado. O que é bom, por que ele não lembra de quase nada e espero que não fique com traumas.
- A câmera de um bar da esquina captou essas fotos, estou negociando pra conseguir as filmagens daquele dia. Se eu conseguir ver um rosto, um carro, a placa ou qualquer coisa que seja, vai ajudar a chegar no criminoso.
Eu segurei aquele papel com tanta força que quase o rasguei. Eu ainda não acreditava no que estava passando.
Tinhas outras coisas que queria tratar com o senhor Thomas, mas não com Alice ali.
-Alice, Léo acabou de me mandar uma mensagem dizendo que precisa de você na empresa - menti pegando o celular.
-Falou pra você? Então porque ele não me ligou se precisa de mim?
-Pergunta pra ele quando chegar lá. Vai. - Ela me olhou desconfiada e levantou roubando mais um pãozinho da cesta.
-Se eu não te conhecesse diria que quer me expulsar - resmungou pegando sua bolsa - Mas sei que me ama e não faria isso. Adoro vocês, obrigada pelo café. - Acenou da porta.
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A Proposta
Romance[...] Eu não conseguia acreditar. Minha cabeça estava dando voltas e mais voltas. Não sei se pelos whiskys que bebi ou por essa conversa louca. Eu tinha escutado direito? Era isso mesmo que eu estava ouvindo? Esse cara que eu conhecia há minutos est...