Hoje eu queria morrer. Iriamos viajar e eu queria muito morrer, se possível morrer 2 vezes . Não quero viajar com Léo pra outro pais nesse clima horrível entre nos dois. Vai ser um martírio.
Alice estava passando o dia lá em casa fazendo minhas malas pois já iriamos em poucas horas. Ela achava que eu era a Barbie dela, quando eu estava estressada dava vontade de afundar um soco nela, mas eu gostava dela, vivia entre um amor e ódio com relação ao que eu sentia por essa baixinha. Léo também estava com raiva de Alice, assim como estava com raiva de mim, nos duas rendemos um processo bem grande a ele por causa daquela loja, e imagina a cara dele quando chegaram caixas e caixas de roupas que Alice comprou no nome dele pra que eu pudesse fugir, sendo entregues aqui? Eu senti até dó dela. As vezes sinto que vamos infarta-lo a qualquer momento.
É um sentimento incrível.
O interfone tocou enquanto eu estava ajudando Alice a fazer as malas, a deixei no quarto e fui atender. Era o porteiro avisando que Brendom estava lá em baixo.
Me apressei em vê-lo e larguei minha cunhada sozinha remexendo meu guarda roupa. Não tínhamos conversado pessoalmente desde a festa e Léo não curtiu muito a ideia do jantar aqui em casa.
-E ai bebum - disse assim que me viu.
Ele estava impecável encostado no seu carro preto e me olhando com um sorriso contagiante.
-Não enche cara - revirei os olhos - Esta fazendo o que aqui?
-Vim ver o bairro chique que minha amiga esta morando antes de ir embora. - ele disse tirando os óculos e dando uma boa olhada em volta - Quem te viu, quem te ver hein Thalia Oliver.
-Já esta indo embora?
-Tenho trabalho, preciso voltar pra casa - explicou. - Mas quando puder, volte pras suas raízes, minha mãe pergunta muito de você.
A mãe de Brendom era como minha segunda mãe. Ela me viu nascer e cuidou de mim boa parte da minha vida, até minha fiança da cadeia ela já pagou. Ela era uma mulher incrível.
-Eu sinto falta dela. - disse com o coração apertado. Eu realmente precisava voltar a Washington.
Ele abriu a porta do carro e tirou uma caixinha do banco de trás.
-Trouxe uma coisinha pra você, espero que goste. - me entregou.
Eu peguei a caixinha preta com um laço vermelho e abri receosa. Vindo do meu amigo poderia ser até veneno, nunca se sabe. Mas não era, dentro dela tinha uma pulseira de prata com varias estrelinhas.
-Que linda Brendom - disse deslumbrada. - Obrigada, eu adorei.
Eu o abracei e ele devolveu o abraço de forma carinhosa.
-É pra você lembrar de mim, já que eu não sei quando vamos nos ver de novo.
-Não tem como te esquecer, você é meu irmão.
-Mas esqueceu - disse ressentido - Quando casou com aquele babaca que chama de marido - Disse irritado. Estava demorando pra voltar nesse assunto. - Eu te conheço, tem alguma coisa que você não esta me contando, mas não vou te forçar a falar nada...
-Eu agradeço porque não quero mentir pra você, então para de ficar perguntando.
-Não toco mais no assunto - ele prometeu - Mas você mocinha é uma pessoa que se mete em muita confusão, eu só quero que você tome cuidado Lia, independente da onde tenha se metido dessa vez, me promete que vai ter cuidado.
-Não quero que se preocupe.
-Você não me da escolhas, tu só faz merda.
-Ai ta - disse jogando as mãos pro ar - Prometo ser uma boa menina, dar a patinha quando pedirem e fazer xixi no lugar certo, feliz?
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A Proposta
Romance[...] Eu não conseguia acreditar. Minha cabeça estava dando voltas e mais voltas. Não sei se pelos whiskys que bebi ou por essa conversa louca. Eu tinha escutado direito? Era isso mesmo que eu estava ouvindo? Esse cara que eu conhecia há minutos est...