Cap. 15 - Exhale (Parte 1)

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Who put the baby in charge?
It's already hard to buy all the parts and learn to use them
Who put the world on my back and not in my hands
Just give me a chance

TUTOR

— Filho da puta! — exclamou a mulher.

Mali bateu as mãos no tampo de vidro da mesa do escritório do marido, levantando-se e empurrando a cadeira de rodinhas para trás, fazendo-a bater na única parede de gesso da sala. Seus olhos estavam em um tom azul cinzento, com as pupilas contraídas em linhas finas.

Somcai apertou um botão no painel perto da porta, fazendo os vidros da sala ficarem jateados, impedindo a visão de outros para o que acontecia dentro de sua sala. Sua expressão era séria durante todos os momentos — desde quando a mulher sentou-se em sua cadeira, analisando os documentos que o filho havia trazido para si, até o momento em que começou a ver o primeiro vídeo.

Na metade do arquivo, a híbrida estava com os olhos felinos e raivosos direcionados à tela. Seu rosto estava vermelho e, por fim, perdeu a compostura — como Tor imaginou que aconteceria.

Sua mãe sempre fora alguém bem explosiva quando algo não era de seu agrado, embora tivesse aprendido a se portar em público.

— Como você conseguiu esses arquivos, Tutor? — perguntou a mulher, encarando o filho com olhos mortais.

— Fighter. — a mulher cruzou os braços, mostrando as presas em um rosnado. — Ele conseguiu hackear o computador do pai há uns anos e conseguiu esses vídeos e os documentos.

— Eu espero que ele tenha uma ótima desculpa para não ter entregado essa porcaria para a polícia nesses anos que essa merda esteve em suas posses. — respondeu a mulher, em um rosnado ameaçador.

— A mãe dele está em um hospital na Capital. Pruk paga pelo tratamento. — respondeu o futuro engenheiro. Somcai o olhou com uma expressão surpresa.

— Você não me contou isso. — o humano se aproximou da mulher, abraçando-a em uma tentativa de acalma-la.

— Eu não menti, também. — respondeu Tor — Ele também ficou com medo que o pai tivesse contato na polícia, e ele tem mesmo. — Tutor suspirou e fechou os olhos, afundando na cadeira acolchoada na qual estava sentado — Mas a mãe dele está no hospital, em estágio terminal de câncer. — abriu os olhos e a expressão de Mali pareceu suavizar, os olhos arregalados com surpresa e pesar. — Por isso ele teve que vir para cá, há quatro anos, como o filho pródigo de Pruk Saetang...

— Estágio terminal? — perguntou Mali, em um sopro, sentando-se na cadeira novamente.

— Parece que o tumor sofreu metástase, e não há mais nada que se possa fazer, a não ser dar a ela um pouco de conforto nessa situação. — respirou Tutor — Ele foi visita-la hoje. Parece que nem isso o pai o deixava fazer no passado...

— Filho... — a híbrida pegou a mão do filho sobre a mesa. — Eu sinto tanto...

— Não é só isso, Mali. — respondeu Somcai, com um suspiro.

— Não? — perguntou a mulher, em um leve rosnado.

As pupilas voltaram a se tornar fendas, enquanto apertava o punho fechado do filho com força.

O humano pegou dois documentos que estavam no meio da pilha de papéis sobre a mesa e os separou, entregando-os à mulher, que analisou com cuidado o que estava escrito no arquivo. Aos poucos seus olhos se arregalaram, e ela voltou o olhar espantado para o marido, então voltando-se para o documento novamente, colocando um atrás do outro.

Hybrid [SaifahZon + TutorFigther]Onde histórias criam vida. Descubra agora