Hybrid [SaifahZon + TutorFigther]

Cap. 5 - Sugar

I don't wanna be needing your love

I just wanna be deep in your love

And it's killing me when you're away

Ooh, baby, 'cause I really don't care where you are

I just wanna be there where you are

And I gotta get one little taste

TUTOR

Gravata.

Ele odiava com todas as suas forças aquela coleira que a sociedade humana usava como um acessório — símbolo de classe e elite social. Odiava que seu pai o obrigasse a usar em todas essas ocasiões ditas importantes: jantares oficiais, bailes de gala e, claro, não podia faltar noivados e casamentos.

De qualquer forma, Tutor estava vestindo um smoking preto com uma gravata borboleta em volta do colarinho. Os sapatos apertavam os pés, e a cauda de pelos cinzentos se balançava de um lado a outro ansiosamente, enquanto caminhavam para dentro da enorme mansão onde seria o jantar de noivado.

— Tia Puentai vai se casar com um homem muito rico, né? — perguntou Zon caminhando ao lado de Tutor.

O mais baixo andava um pouco acanhado ao seu lado, levemente encolhido, como sempre ficava em todos esses eventos em que não podia usar sua touca para esconder suas orelhas castanhas.

— É uma casa realmente bonita. Será que tem piscina? — disse Tutor, voltando-se para o jovem felino de orelhas castanhas ao seu lado.

Seus olhos brilhavam com alguma diversão e admiração — a pesar da maldita coleira que lhe apertava o pescoço — enquanto caminhavam para dentro da casa.

Eles encontraram com Hwahwa já no gramado — Tutor havia a avisado quando estavam chegando — com um vestido deslumbrante e cor de rosa, que batia na altura de seus joelhos. Ela tinha os olhos brilhantes, e um enorme sorriso que resplandecia na noite. A jovem estudante de Literatura se jogou no híbrido, abraçando seu pescoço com um grito animado.

Os dois irmãos fizeram uma careta e riram suavemente, enquanto a doce e animada menina se colocava de pé em cima de seus saltos.

— Você veio! — dizia Hwa, apertando as bochechas mais cheias de Tutor.

— Eu vim!

— Oi, Hwa. — interrompeu Zon, com uma risada. — Também vim hoje.

— Zon! — a menina pulou em cima do mais novo, que quase caiu com o peso extra. Enganchou os braços em ambos os braços dos meninos. — Vamos, o jantar já vai começar. Seus pais já estão lá dentro.

Os irmãos suspiraram, lançando olhares entre si, antes de se voltarem para o caminho que tinham que fazer até o salão de jantar da casa de Pruk Saetang.

Hwa liderou os dois felinos até o grande salão, em que haviam colocado uma enorme mesa, sobre a qual vários pratos estavam sendo postos em travessas prateadas e brilhantes. Os pratos de porcelana fina — o felino de orelhas cinzentas podia até dizer a origem francesas daqueles lindos pratos — estavam acompanhados de taças de cristais e inúmeros talheres que deveriam ser usados em sua ordem correta.

Ah, a sociedade e suas toxicidades. Pensou o híbrido, avistando seus pais em um canto — sempre com um sorriso elegante nos lábios.

Somcai mantinha um braço em volta da cintura de Mali, em uma postura protetora, enquanto conversavam com o casal anfitrião. Pruk mantinha uma mão nas costas de Puentai, na lombar. Não era um toque romântico ou íntimo, como seus pais constantemente mostravam; não era um toque protetor como o seu pai sempre demonstrava com sua mãe, pelo contrário. O toque do homem era tão leve que quase não parecia encostar no tecido do vestido brilhante e dourado da mulher.