Hybrid [SaifahZon + TutorFigther]

Cap. 7 - Crazy in Love (Parte 2)

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— Fighter, nós, híbridos, somos diferentes dos humanos por N motivos, dois principais, que importam nessa história toda, são o olfato mais apurado e o instinto que nos controla parcialmente. Nosso olfato identifica odores há quilômetros de distância e nosso instinto é como uma segunda personalidade, que toma o controle do nosso corpo eventualmente. E essa segunda personalidade, às vezes, tem seus próprios gostos, que podem ou não divergir dos gostos da consciência humana. — o humano fechou os olhos, respirando fundo. — Existe uma teoria entre os híbridos que correlaciona o CHP com o que chamamos de Match. O animal se apaixona pelo cheiro do seu parceiro em potencial e para de responder a outros. O cheiro de outros para de ser agradável, para de afetá-lo como afetaria se ele não tivesse encontrado... Ele se sente mais confortável, acolhido... O animal confia completamente em seu parceiro. — o estudante de engenharia abriu os olhos quando Zon suspirou. — O que você precisa saber agora é que você foi escolhido pelo gato do Tutor. Ele não vai querer se aproximar de mais ninguém para acasalar a não ser você por causa do seu cheiro.

— Espera aí. — Fighter se levantou do sofá, começando a andar pela casa. — Você está me dizendo que o Tutor está... Preso à mim, de certa forma?

— Teoricamente, sim. — respondeu a outra pessoa do lado da linha — Teoricamente, ele vai repelir qualquer um que tente acasalar com ele e não tenha o seu cheiro. — o felino se interrompeu — Bom, não tão teoricamente assim, já que ele não saiu e... Eu também tive... Hum... Minha gama de experiência em relação a... Isso.

— Então, teoricamente, ele só vai querer transar comigo? — o humano se sentou ao lado do felino na cama, olhando para a pele delgada do corpo alheio.

— Sim. O gato dele vai machucar qualquer um que tente se aproximar dele dessa forma, vai machucar ele mesmo tentando suprimir a consciência humana dele... E, bom, isso é bastante dolorido. — Fighter mordeu o lábio, enterrando os dedos nos cabelos de Tutor, fazendo cafuné entre as orelhas cinzentas, acariciando suavemente as orelhas. — Ele vai se tornar bastante territorial, também. Quero dizer, ele te mordeu?

O veterano de Engenharia franziu o cenho, tocando a ferida aberta na pele de seu ombro. Eram dois buraquinhos, feitos pelas presas pontiagudas do felino que dormia em um sono pesado, que ardiam suavemente.

— Bom, acho que seu silêncio responde a minha pergunta. — disse Zon — Isso quer dizer que o gato de Tutor te marcou como dele. Você vai expelir o cheiro específico dele por um tempo, e todos os híbridos que se aproximarem saberão que você já tem dono. E, teoricamente, nenhum humano vai te abordar pra sexo também.

— Então, basicamente, o Tutor está preso a mim e eu estou preso a ele.

— É.

— Certo. — o som do interfone interrompeu sua linha de pensamento e o humano se levantou, com o cenho franzido.

— Ah, eu pedi comida chinesa para você. Espero que goste de yakissoba. Dê um pouco ao Tor quando ele acordar, talvez você precise esquentar. Era o mínimo que eu podia fazer depois de lhe causar esse tanto de problemas. — Fighter ouviu o som de uma porta batendo e a voz do felino se tornou mais baixa. — Eu tenho que ir. Não se preocupe se o Tutor dormir demais, isso é normal. Qualquer coisa me liga. A casa está liberada para você fazer o que quiser e a senha do computador do Tor está em um post it na escrivaninha. Tchau.

O felino cortou a ligação, deixando um humano pasmo com os olhos levemente arregalados, seus pensamentos sendo interrompidos pelo interfone novamente.