Cap. 23 - Close

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ESSE CAPÍTULO É DESTINADO PARA LEITORES MAIORES DE 18 ANOS, DEVIDO A CENAS HOT

Cause if I want you, and I want you, babe
Ain't going backwards, won't ask for space
Cause space is just a word made up by someone who's afraid to get too...

SAIFAH

As semanas seguintes se passaram sem muitos percalços.

Saifah dormiu mais algumas noites na casa dos irmãos Jitattad, como se para garantir que Zon não tivesse mais pesadelos, e ficou feliz quando o sentiu acorda-lo com beijos por todo o rosto, com um sorriso nos lábios, ao em vez de gritos e mau-humor.

Aos poucos, nas poucas semanas que se passaram foram tomando um rumo esperado para a rotina de um aluno universitário: acordar, frequentar as aulas do dia, voltar para casa, fazer qualquer trabalho ou assistir televisão, e dormir. Repetindo-se todos os dias, incansavelmente. Ainda via seu namorado todos os dias: por vezes ia à sua cantina para almoçar, outras vezes ele visitava seu prédio para comer qualquer coisa que tivesse no cardápio.

Certo dia, o humano estudante de engenharia levou seu violão em uma bolsa e, sentado sobre sua mesa usual da cantina de Engenharia, tocou algumas músicas que lhe pediram para tocar. Tutor estava sentado nas coxas de Fighter, e o humano o abraçava, acariciando a cintura do namorado e apreciando as músicas que o amigo tocava.

Algumas pessoas formaram um círculo em volta do jovem engenheiro que tocava violão, pedidos de músicas chegavam e não paravam, alguns vinham com letras ligeiras, escritas às pressas em um pedaço de guardanapo. Os números também vinham escritos, com nomes cuidadosamente desenhados dentro de um coração.

Saifah os ignorava, sorria educadamente para a pessoa que lhe entregava o bilhete e recusava a investida, quando não era rápido o suficiente, jogava o papel de qualquer jeito na case e continuava tocando as músicas que pediam. Ele não dava muita bola para o que elas diziam ou faziam, ou para os sorrisos que lhe lançavam, ou — as mais ousadas — tocavam seu braço, passando os dedos com unhas longas e pintadas, como garras, por todo o seu braço.

Para essas, ele sorria, desconfortável, e gentilmente tirava a mão da jovem e dizia que não estava interessado. E, ao em vez de ajuda-lo a ficar mais confortável, Tutor olhava tudo aquilo e ria de sua cara, como se nada tivesse acontecendo.

Bom, de fato, o que era para ser algo divertido entre amigos, acabou tomando proporções inimagináveis. Celulares estavam lhe sendo apontados, fotos foram tiradas e, de repente, ouviu seu celular tocar sobre a mesa — um toque curto, uma mensagem. Então mais um. E outro.

Parou de tocar por um minuto.

— Com licença. — pediu, educadamente, enquanto pegava o aparelho e franzia o cenho ao ver as mensagens que recebia.


~zon~

É isso que você está fazendo na hora do almoço hoje?


Saifah franziu o cenho por um momento antes de rolar a janela e ver as fotos que foram tiradas de si.

Ele estava sentado sobre a mesa, com o violão apoiado em um dos joelhos, e uma das jovens universitárias mais ousadas lhe havia pegado no braço, passando a ponta da unha cor de rosa sobre a pele de seu braço. Era um movimento íntimo que poucas mulheres teriam coragem de fazer, e o sorriso era ainda mais incriminador: um sorriso de flerte, correspondido por um sorriso dele que parecia gentil.

Foi poucos instantes antes de ele retirar aquela mão de seu braço e dizer, com todas as letras, que tinha um namorado e não tinha nenhuma intenção de fazer nada que o magoasse, mas, algumas músicas depois, ela estava ali de novo, sorrindo propositalmente para as câmeras. E, foi com um sorriso ainda mais desconfortável e falso nos lábios, que o engenheiro ameaçou denunciá-la por assédio se fizesse de novo.

Hybrid [SaifahZon + TutorFigther]Onde histórias criam vida. Descubra agora