DIAS ATUAIS

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No sábado à noite, fizemos um jantar em família e meus amigos Genny e Fábio na casa de Steven para anunciarmos nosso noivado. Depois do brinde, todos comemoramos e jantamos alegremente. Comemoramos também a notícia maravilhosa da gravidez de Priscila. Tiramos várias fotos, inclusive uma tocando a barriga de Genny e Priscila. Eu e Cecília ficamos babando as duas barriguinhas, a de Genny já estava começando a aparecer e estava linda.

Estávamos na sala, as mulheres no sofá conversando e os homens bebendo no outro quando de repente Lívia falou bem alto.

- Então agora posso dizer que tenho uma irmã?

Todos riram.

- Sim Lívia. - Respondeu Steven com aquele sorriso no rosto. - Vocês agora são irmãs.

Fiquei encantada por Steven ter dito isso, ele realmente sabia como nos agradar, as meninas se abraçaram e ele veio até ao meu encontro e me beijou.

- Agora só falta o passo mais importante. - Ele tirou meu cabelo do ombro e alisou meu pescoço com o polegar, sorrindo e olhando para mim, me arrepiei toda - Marcar a data do casamento. - Eu ri pensativa, era como se tudo o que um dia sonhei estivesse tão perto de alcançar, mas um medo novo começou a crescer em mim, o medo de perdê-lo. 

Continuamos na sala conversando quando meu pai falou olhando para Yuri e Cecília que estavam no sofá em uma conversa baixinha e paralela que só eles dois escutavam.

- Yuri, você pode me responder se está namorando a minha filha? - De repente meu pai perguntou para Yuri, mas todos olharam surpreso para meu pai.

- Pai! - Cecília repreendeu.

- Quero saber Cecília, porque eu pergunto para você e você não me responde. Talvez Yuri possa me responda.

- Pai, por favor.

- Sr. Otávio, eu quero muito namorar sua filha, mas ela...

- Ok pai, estamos namorando. Satisfeito? - Ela respondeu e Yuri sorriu para ela surpreso.

- Sério? - Yuri perguntou a olhando.

- Ótimo, na próxima então, jantaremos na minha casa, nós quatro, para termos uma conversinha. - Meu pai falou sério, mas piscou os olhos para mim e Steven, rimos.

- Pai - Cecília o repreendeu novamente

- Com todo prazer Sr. Otávio. - Yuri parecia o gato de Alice no país das maravilhas, com um sorriso que parecia rasgar o rosto.

Eu ri, meu pai nunca foi durão, mas às vezes falava duro para mostrar que era forte. Mas na verdade, era um homem de coração mole e cheio de carinho. Sempre fazendo as vontades da mulher e das filhas. Meu celular chamou, era um número desconhecido. Atendi.

- Alô.

- Clara Brayner?

- Sim.

- Aqui quem fala é o Tenente Jorge do corpo de Bombeiro.

- Pois não? - Me levantei e me afastei um pouco, para escutá-lo melhor.

- Estamos ligando para informar que sua empresa sofreu um incêndio e precisamos da sua presença aqui.

- O que? O que aconteceu?

- O prédio pegou fogo, grande parte do seu escritório e seu estoque foram danificados, chegamos a tempo de não espalhar por todo prédio. Venha com calma, já estamos quase controlando o fogo.

- Certo chego já, obrigada. - Desliguei o celular e peguei minha bolsa, foi só quando levantei a cabeça que percebi, todos olhando para mim preocupados pela minha reação.

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