DIAS ATUAIS

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Acordei com uma enooooorme dor de cabeça, ela não parava de latejar, a garganta estava tão seca que mal dava para falar e os olhos se esforçavam para abrir.

- Ai, merda! - Foi só eu abrir os olhos para a dor piorar. Coloquei a mão na cabeça. Mas porque droga, tinha que se levantar? Era sábado. Voltei minha cabeça para o travesseiro e fechei novamente meus olhos. Até que o som que me acordou começou a insistir. Era o meu celular, abri meus olhos em alerta. E se fosse Lívia precisando de alguma coisa? Precisava atender, rapidamente estendi meu braço para pegar minha bolsa que estava no chão, procurei o celular e atendi sem nem mesmo olhar quem era.

- Alô. - Minha voz saiu mais rouca que cantores de Heavy Metal, que horror.

- Puta merda, o foi que eu fiz? - Era Cecília e ela falava bem rápido e baixinho, como se ela não quisesse que alguém escutasse.

- Cecília? - Despertei totalmente e a cabeça latejou mais.

- Onde você está? Preciso de você, agora!

- O que aconteceu? - Sentei na cama em alerta.

- Comemorei demais minha vida de merda.

- Onde você está?

- Acabei de sair do quarto de um homem lindo e nu. Ai Deus.... Estou perdida! - Ela começou a choramingar.

- Onde você está Cecília?

- Na frente da casa de Yuri. - Falou ela ainda choramingando.

- O que? O que vocês fizeram?

- Nem queira saber. - Ela bufou e começou a chorar - Oh Deus, quero ver você, preciso desabafar. Onde você está?

- Estou na casa de Steven.

- O que?

Ela riu.

- Estou vendo que eu não fui a única a ter uma noite de loucura .... Você estava tão bêbada ontem - Ela riu, mas voltou a chorar - Mas eu preciso de você, e agora?

- Você quer que eu vá lhe buscar?

- Não Não. Vou pedir um Uber.

- E Yuri?

- Ele estava dormindo bem pesado, acho que ele não vai acordar nem tão cedo.

- Venha para casa de Steven, estou lhe esperando. - Nesse mesmo instante a porta do quarto se abre, dando para mim a visão mais linda do dia, Steven vestido com seu melhor sorriso em pessoa, com uma xícara na mão, sem camisa, apenas com uma calça moletom cinza. - Beijos. - Desligamos juntas e sorri para ele.

- Bom dia, como está sua cabeça?

- Um chocalho.

- Imaginei. Trouxe um café com leite, tem água ao lado da cama e se você quiser tem um comprimido que vai lhe ajudar - Ele sentou na cama ao meu lado.

- Obrigada Steven, você é um amor. - Ele me olhava e sorria, mas sua testa estava enrugada, como se estivesse preocupado. O sorriso dele, não era aquele sorriso tão lindo de costume. - Aconteceu alguma coisa? Parece preocupado. - Peguei o copo com água e bebi junto com o remédio, mas não tirei os olhos dele.

- Receoso. - Ele confessa

- Posso saber por quê?

Ele me olhou procurando resposta em mim.

- Você está bem?

- Acho que depois do remédio e o café sentirei bem melhor.

- Você por acaso se lembra de ontem? - Ele perguntou devagar.

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