4. DIAS ATUAIS

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- Mamãe chegou! - Gritou Lívia correndo para mim, me abraçando e me pegando desprevenida, me desequilibrei um pouco e quase caímos.

- Meu amor, que saudade de você. - Tentei pegar minha filha no colo, mas desisti - Ai meu Deus, como você está pesada. - Como você está querida?

- Estou bem, vamos! Vovó e vovô já estão esperando para o jantar!

Entrei na sala onde estavam meus pais nos esperando. A conversa como sempre era adorável e depois que minha irmã Cecília havia chegado à conversa se tornou ainda melhor. Minha família sempre foi assim, acolhedora e nos dávamos muito bem. Na verdade, era o lugar que eu mais gostava de estar, ao lado deles.

- Como foi na escola? - Perguntei pra Lívia depois do jantar, ela estava deitada com a cabeça em meu colo, e eu alisando o cabelo dela.

- Foi legal, eu e Beth fizemos um trabalho juntas que ficou muito bonito.

- Ah, que legal. - Eu disse feliz, por minha filha adorar estudar - Do que foi esse trabalho?

- Falamos sobre os animais domésticos. Beth até levou um cachorrinho para lá, numa gaiola, ele era bem pequenininho, parece uma bolinha de pelúcia - Ela falou gesticulando suas mãos e fazendo uma careta linda de fofura, eu ri - Mãe, Bob era muito fofo e tinha um grande olho azul. - Ela falou animada.

-Uau! Beth tem um cachorrinho?

- Sim, na verdade ela pediu ao pai dela para comprar um para apresentar no trabalho - Ela riu - E ele comprou. - Ela me olha com aqueles olhinhos que sempre me desarmam. - Mãe?

- Oi!

- Será que um dia poderíamos um dia ter um cachorrinho?

- Meu amor, um cachorro lá em casa, não é legal! Moramos em um apartamento e ele ficará muito triste sozinho lá enquanto você estuda e eu trabalho.

- Posso então visitar Bob de vez em quando? Beth não mora muito longe de nossa casa.

- Ah é? Legal. A gente vê isso, ok?

- Obrigada mãe! - Ela me beija empolgada e eu retribuo.

- Algum recado na agenda?

- Sim, alguns recados.

- Certo, vou ver a agenda quando chegarmos em casa.

Mais tarde, acordei Lívia ao sairmos do carro e a apoei seu corpo ao meu, enquanto íamos em direção ao elevador, após voltarmos da casa dos
meus pais. Meus pais moravam em um bairro mais habitados por casas e eu morava em um prédio quinze minutinhos de carro da casa de meus pais. Eu procurei morar, em um local que ficasse centralizado entre o meu escritório, a escola que Lívia
estudava e a casa dos meus pais. E optei por prédio, por me sentir mais segura.

E muitas vezes quando eu não conseguia pegar Lívia na escola, meu pai fazia isso e ela ficava a tarde com eles. E sempre quando voltava para casa, Lívia quase sempre dormia no caminho de volta para casa, porque sempre acordavamos cedo. Coloquei Lívia na cama, apaguei a luz e deixei a porta um pouco aberta, como ela sempre pedia. Tomei um banho, liguei o meu computador e fiquei vendo os e-mails enquanto tomava meu café com leite, algo que sempre costumava fazer antes de dormir. O celular vibrou, era uma mensagem da Genny.

Boa Noite minha amiga e feliz um ano de liberdade, sua felicidade é a minha. Te amo e amo minha sobrinha Lívia. Saudade dela, posso ficar com ela amanhã?

Claro, estava até pensando quem poderia pegar ela na escola, pois tenho uma reunião com a gerente da loja e as costureiras. Você poderia pegá-la?

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