capítulo 7

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Maitê

Cerca de duas semanas depois...

Terça-feira

Beatriz não para de citar o nome de Gustavo como se ele fosse um deus.

O garoto do terceiro ano é muito bonito, mas tem o semblante fechado que assusta metade das garotas que tentam se aproximar. Ele é rude na maior parte do tempo, mas não parece fazer isso de propósito, como se fosse sua verdadeira personalidade. O problema é que Beatriz está apaixonada por ele, embora suas esperanças de namoro sejam mínimas.

— Você viu a forma como ele olhou para mim no refeitório? Foi tão... sensual. — suspira.

Reviro os olhos.

Na verdade, Gustavo olhou para ela com total desinteresse. Assim como ele olha para a maioria das garotas. Como Beatriz está apaixonada, sua cegueira já havia passado do limite, mas eu não vou afugentar suas esperanças.

— Percebi. Por que não mudamos de assunto? — proponho enquanto seguimos pelo corredor abarrotado de alunos.

— Você viu como o cabelo do Gus estava bonito essa manhã?

Respiro fundo, frustrada. E tenho que suportar as bajulações de Beatriz o caminho inteiro até o estacionamento.

Tiro o celular da minha mochila assim que vibra com uma mensagem.

— Pegue um táxi ou alguma carona com uma de suas amigas. Seu pai precisou do motorista para uma reunião urgente, então não o espere.

Essa é a breve mensagem da minha mãe.

— O que houve?

— Meu pai precisou do motorista, o que significa que terei que pegar um táxi para casa.

— Meu motorista pode te levar.

— Não há necessidade. Táxis passam aqui o tempo todo. Eu posso esperar.

— Se você diz, então eu vou indo. Até amanhã. — me abraça brevemente antes de se afastar em direção a um carro.

Depois que o veículo dá partida, preparo-me para sair do estacionamento e atravessar a rua para esperar o táxi do outro lado.

Quando estou prestes a fazer isso, meus olhos colidem diretamente com o menino do outro lado, inclinado casualmente em uma moto.

Meus batimentos cardíacos aceleram assim que reconheço Joaquim.

Meu Deus! O que ele está fazendo ali?

Parte de mim está com medo, enquanto uma parte maior foi dominada pela excitação.

Ele não para de me encarar do outro lado e algo me diz que seu propósito é me ver. Joaquim não parece se importar com a excessiva atenção feminina que atrai por ali e sua despreocupação apenas o torna mais atraente.

Atravesso a rua rapidamente quando o sinal fecha e me aproximo dele com passos rápidos.

Ele se endireita, observando meu rosto cuidadosamente. Suas tatuagens escuras nos braços estão expostas e são lindas. Ele usa roupas escuras no momento e coturnos. Além disso, seus olhos escuros me observam intensamente. Ele é tão bonito! Quase solto um suspiro diante da sua beleza, mas me controlo, tentando agir naturalmente.

— O que você...?

— Eu vim te ver. — ele é direto, interrompendo minhas próximas palavras.

Fico um pouco sem jeito.

Romance ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora