capítulo 21

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Nossos lábios se encontram e logo nossas línguas entram em uma batalha maravilhosa e sincronizada. É como respirar depois de muito tempo sem oxigênio e percebo seu desespero conforme nos beijávamos. As mãos grandes de Joaquim estão por toda parte e tenho que me afastar do beijo para conseguir respirar.

Ele beija minha clavícula e deixa fortes chapões na minha pele.

De repente ele nos move e sua mão se estica para tocar a maçaneta da porta mais próxima. Em segundos, estamos em um quarto que nunca vi. Meus olhos colidem com a cama, antes de Joaquim nos guiar até ela.

Nem sei no que estamos pensando quando começamos a tirar nossas roupas. Como a chave já está na tranca, Joaquim a gira, isolando-nos dentro do quarto.

Ansiosa, eu me livro das minhas peças justas enquanto ele retira sua calça e camiseta preta.

Logo voltamos a nos beijar, agora nus e gemo contra o beijo, afastando o lado racional da minha mente; o lado que me diz para não ceder. Joaquim também parece desesperado enquanto me beija por toda parte e murmura palavras sem sentido, mas que me causam arrepios contundentes.

— Porra, Maitê. Como você é linda. — ele elogia, parecendo faminto.

De um segundo para outro me vejo posicionada na cama, sobre meus joelhos e com a bunda exposta enquanto Joaquim vem por trás e me penetra sem muito cuidado. Como estou muito molhada, deixo que ele faça o que quer enquanto gemo sem pudor naquela cama.

— Joaquim...

— Porra! — ele acerta tapas em meu traseiro, enquanto murmura xingamentos e continua entrando profundamente em mim. Sinto certa dor, mas nada comparado ao prazer extremo que me preenche a cada estocada.

— Eu te amo tanto, anjo. — ele diz ofegante e eu apenas gemo mais alto, tomada pelo desejo intenso.

— Quim. — sussurro sem fôlego, ouvindo os solavancos da cama contra a parede.

Momentos depois, eu não seguro o grito quando finalmente chego ao meu limite. Joaquim também não consegue evitar o seu grunhindo quando goza dentro de mim, fazendo-me sentir seu líquido quente em meu interior.

Após se aliviar, ele respira fundo e sai de dentro de mim para que possamos nos deitar na cama.

— Nossa. Isso foi surreal. — murmuro contra seu torso nu, tocando suas tatuagens.

— Sim. Foi. — suspira, acariciando minha bochecha. — Acho que o dono dessa cama vai nos matar se pegar a gente aqui.

Acabo sorrindo ao pensar nisso, mas logo acordo para a realidade quando observo o seu semblante ficar sério e ele me afastar gentilmente para que possa sair da cama.

Pelo visto o Joaquim bipolar está de volta.

Um sentimento horrível toma conta do meu peito ao ver seu comportamento de antes retornar.

Como fui burra em ceder!

— Vamos sair. O pessoal vai começar a estranhar o nosso sumiço. - ele diz após se vestir.

Tenho vontade de chorar pela sua distância e me ergo da cama, também vestindo rapidamente minhas roupas. Calço meus saltos e as lágrimas já estão molhando minha bochecha antes que eu possa evitar.

Ele percebe e logo desvia o olhar, seguindo até a porta.

— Por que você está fazendo isso comigo? O Joaquim que eu conheci não era assim. — finalmente desabafo no corredor, quando ele decide seguir na frente após sairmos do quarto.

Ele para e se vira com o semblante obscuro.

— O Joaquim que você conhecia não existe mais, satisfeita?

Sinto um choque instantâneo ao me dar conta de que ele disse a verdade. O meu antigo Joaquim não existia mais. Eu não reconheço esse garoto na minha frente. Será que no fundo ele sempre foi assim e só está mostrando as caras agora? Dói tanto tomar consciência disso.

— Você é um mentiroso! Mentiu só com o intuito de me levar para a cama! Ficou magoado desde que descobri o segredo envolvendo o seu pai e está me machucando no processo. Isso não é justo!

— Eu... — ele desvia o olhar, meio atordoado, mas logo volta a assumir o semblante apático de antes. — É melhor esquecermos o que rolou essa noite. Foi uma transa boa, mas acabou. Agora é cada um pro seu lado. — dispara e meu coração se estilhaça em ainda mais pedaços.

Respiro fundo e tento engolir as lágrimas

— Ah, quer saber? Continue sendo esse babaca, porque não me importo mais! Você me perdeu, está me ouvindo? Não quero mais nada com você. Nem amizade. Nunca mais. Acabou e fique longe de mim. Quando quiser transar, procure qualquer uma, até mesmo Isadora, mas não ouse chegar perto de mim. Chega! Não vou me sujeitar aos seus caprichos, seu babaca.

Ele me encara pasmo e depois tenta se aproximar, claramente arrependido. Acho que percebeu a burrada que fez.

— Maitê...

Passo por ele, ignorando-o e percebo que está caminhando atrás de mim, o que me fez acelerar meus passos e ficar bem longe dele.

E pelo resto da noite, Joaquim realmente fica longe e tenho que arrumar uma bela desculpa para Beatriz sobre as lágrimas. Ela acaba acreditando que chorei de saudades do Joaquim e não porque ele me magoou mais uma vez após me usar.

Nunca pensei que fosse sentir tanta dor e, ao mesmo tempo, raiva de alguém.

Para não ter que acabar com a animação de Beatriz, acabo voltando para perto da fogueira lá fora, e muita gente continua ali.

Inclusive Gustavo.





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