capítulo 13

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Boa Leitura!!

🤍

Joaquim

Tenho que admitir que a felicidade no rosto de Davi fez o meu dia. Na verdade, gostei da forma como ele se soltou depois que chegamos ao parque temático. Ele é apenas uma criança e não merece a carga ruim do nosso pai. Ter algo para se divertir é bom para ele, afinal é apenas um garoto e merece ser feliz.

Horas depois, ainda não estamos cansados de nossa excursão e Maitê parece tão feliz quanto eu e as crianças. Ver seu rosto corado de alegria me traz uma indescritível sensação de paz. Ouvir suas risadas e ver suas caretas é reconfortante e bom. Muito bom. Talvez isso se compare a observar o sol depois de longos dias marcados pela tempestade. Passar esse tempo com ela me faz entender que eu preciso de mais momentos assim. Fico estranhamente sem fôlego só de imaginar a ausência dessa paz.

Na verdade, Maitê entrou na minha vida de forma repentina e bem incomum. Eu não imaginei que apenas um momento com ela naquele jardim se estenderia até nossos momentos atuais. E nesse sentido, não estou pronto para deixá-la partir. Não ainda.

Quando o motorista aparece, tenho que ficar distante com Davi, observando-a entrar no carro de luxo com a garota mais nova. É uma merda vê-la partir e ter que voltar para casa; para a mesma monotonia de sempre.

E é ainda pior porque não vejo Maitê durante alguns dias.

Na quinta feira recebo uma ligação dela.

— Ei, Joaquim. Como você está?

— Bem. E você?

— Muito bem, mas... sinto sua falta. — esboço um sorriso quando ela deixa escapar.

— Eu também sinto sua falta. Desculpa por ter sumido. Eu estava ocupado no trabalho, então não deu para nos vermos.

Isso é verdade. O novo trabalho não é moleza e eu tenho que pagar as contas, então quase não encontro tempo para mim mesmo.

— Não precisa se desculpar. Eu entendo. — suspiro. — E Davi? Como ele está?

— Não para de falar no passeio ao Hopi Hari. Foi inesquecível para ele. Ele nunca tinha ido a um parque temático antes.

— Foi inesquecível para Clarinha também. Ela se afeiçoou ao seu irmãozinho. Espero que possamos sair assim outras vezes. Seria legal.

— Claro. Vamos marcar uma saída qualquer dia desses. — murmuro.

— Hm. Fiquei pensando e quero muito perguntar... O que o seu irmão achou de mim?

— Quer a verdade?

— Desesperadamente.

— Ele te amou. Você leva jeito com crianças. — confesso.

— Obrigada. Fico feliz por saber que ele gostou de mim. Clarinha também gostou de você e não para de falar em você e no seu irmão.

— Sério? — sorrio, e então uma ideia surge na minha mente. — Se não fosse pelo seu pai, eu daria um jeito de trazer vocês duas para cá amanha. É o aniversario de Davi e faremos uma pequena surpresa. Nada muito exagerado, é claro.

— Aniversário de Davi? — sua voz está animada.

— Eu me esqueci de contar. Mas se desse, eu traria você e Clarinha.

— Eu gostaria muito de ir, mas sem chance dos meus pais deixarem. E se eu mentir outra vez, eles podem nos descobrir. Já ultrapassei minha cota de mentiras essa semana. — ri brevemente. — Mas eu vou ligar para seu irmão amanhã para desejar os parabéns. Aliás, você pode fazer algo para mim?

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