capítulo 33

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Os dias passam com uma lentidão irritante e eu estou entediada com tudo. O mais estranho são as visitas constantes ao meu pai. Eu teria ignorado se não fossem realizadas pela mesma pessoa. Fernando Mendes, um amigo próximo e influente do meu pai.

Mas o problema disso tudo se concretiza quando chego da escola em uma sexta-feira

Homens de terno estão reunidos na sala de estar e todos os olhos pousam em mim quando entro.

É constrangedor.

Mamãe não está por perto e analiso os presentes, todos compostos por homens bem vestidos.

Meu pai se ergue do sofá.

Franzo o cenho para seu falso sorriso afável. Ele parece até feliz e isso me assusta.

— Olá, querida. — não respondo. — Esses são meus amigos do trabalho. Queria que você os conhecesse.

Algo está fora do lugar. Eu só preciso descobri o quê.

O susto é maior quando ele aponta o jovem sentado confortavelmente no outro sofá.

É até bonito, mas não me chama grande atenção.

— Esse é Renato, filho de Fernando. — informa satisfeito antes de jogar a bomba em mim: — Abra um sorriso e conheça seu jovem noivo.

Recuo alguns passos com a descoberta, e meu pai nota meu choque, porque amplia seu sorriso.


#*#


Eu definitivamente estou enfiada em um drama sem fim. Eu não vejo uma saída para tudo isso e só tenho três pessoas a quem me apegar nessa situação: Clarinha, Joaquim e Gustavo.

Minha mãe é um caso à parte. Eu a amo, mas temo que ela coloque sua submissão ao meu pai acima de tudo e me traía.

E agora tudo só está piorando.

Noivo?!

Meu pai enlouqueceu.

Após saber das notícias, tenho que aturar alguns minutos de conversa chata naquela sala de estar. As pessoas me cumprimentaram educadamente, e o rapaz nem fez questão de falar comigo; apenas me cumprimentou porque seu pai exigiu, e eu não me importava.

Ele provavelmente também está odiando a situação enquanto eu só quero fugir dali. E vejo a chance de escapar quando eles começam a conversar sobre política. O tal Renato me olha de tempos em tempos e não demoro muito por ali.

Saio sem que chame muita atenção e corro para meu quarto.

Só caio na real no interior do cômodo e minhas lágrimas vem em seguida.

Eu estou mesmo ferrada, e sem hesitar, ligo para o Joaquim.

Antes que ele possa falar, despejo toda a situação.

Ele respira fundo depois de ouvir.

— Maitê, eu estava em dúvidas sobre tomar certa decisão, mas vejo que chegou a hora. Você vai fugir dessa casa... — ampliei meus olhos. — Para a minha! 



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