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PV CHRISTIAN

Acordo com alguém sacudindo o meu corpo violentamente, abro um pouco os olhos e vejo o Elliot pegando meu travesseiro e arremessando em mim. Coloco o braço na frente do meu rosto mas já é tarde e o travesseiro me atingiu e caiu no chão.

ELLIOT: Acorda caralho, a coisa é séria, tive que interromper o sono da princesinha. - ele debocha mas a sua cara está péssima.

CHRISTIAN: Vai se foder Elliot. - me sento na cama e olho para o relógio na parede. - Caralho, são seis e meia, o que porra você quer me acordando uma hora dessas da manhã?

ELLIOT: O pai da Ana sofreu um acidente.

Pulo da cama no susto.

Puta que pariu.

CHRISTIAN: O quê? Acidente? Como? Onde? Como ele está? - coloco as mãos na cabeça. - Puta que pariu, a Ana deve está muito mal, eu preciso vê-la.

ELLIOT: Calma aí bonitão, a gente só vai saber de todas essas coisas quando chegarmos lá. A Mia me ligou e disse que o Raymond tinha sofrido um acidente, ela me disse em que hospital ele estava e somente isso.

CHRISTIAN: Eu vou me arrumar, você também vai?

ELLIOT: Claro, a minha loirinha deve estar muito abalada também, é padrinho preferido dela, como se fosse um pai. Vou estar lá e darei a força que ela precisa.

CHRISTIAN: O pai e a Mãe sabem?

ELLIOT: Provavelmente já estão lá.

CHRISTIAN: Então tá, vai se arrumar mas seja rápido. - ele assente.

Pego qualquer roupa do meu closet, não estou com cabeça para selecionar nada e fui direto para o banho.

Só consigo pensar na Ana. Ela com certeza está muito preocupada e frágil, ela ama o pai, sempre foi o herói dela.

Tomei banho, vesti a roupa, passei desodorante, perfume e fui procurar a chave do carro pois não estava na gaveta onde eu sempre deixo.

Estou com a intuição que estou esquecendo alguma coisa mas vou tacar o foda-se, estou sem tempo, o que importa é ficar com a Ana. Revirei o meu quarto inteiro atrás da porra da chave que logo quando eu preciso não encontro no lugar.

Ouço Elliot me gritar e bater na porta do meu quarto que se encontra aberta.

ELLIOT: Porra cara, depois você diz que sou eu quem demora para me arrumar.

CHRISTIAN: Eu não demorei pra me arrumar, apenas estou procurando a chave seu idiota. - pego os travesseiros e jogo no chão.

ELLIOT: A chave?

CHRISTIAN: Sim, a chave do carro.

ELLIOT: Essa daqui? - ele balança a chave na sua mão e eu reviro os olhos.

CHRISTIAN: Estava com ela o tempo inteiro?- ele dá de ombros. - Que porra, Elliot.

ELLIOT: Você perdeu a aposta, esqueceu? Agora vamos logo.

Saímos de casa, pegamos o carro e fomos em direção ao hospital, chegando lá falamos com a enfermeira e esperamos a Carla vir confirmar nossa entrada. A Carla está muito mal, com os olhos inchados e vermelhos.

CARLA: Oi Chris, obrigada por vir. - eu lhe dou um abraço de urso.

CHRISTIAN: Eu nem posso imaginar a dor que você deve está passando, eu sinto muito, ele é forte e vai sair dessa.

CARLA: Tomara.

ELLIOT: Tenha fé, Carla, que tudo dará certo. - ele sorri para ela.

CARLA: Obrigado meus amores. Agora vamos entrar, seus pais e sua irmã já está aqui.

Nós seguimos ela e chegamos até uma outra sala. Chegando lá vejo meus pais, Ethan, Mia, Kate e Ana sentados na cadeiras. Todos estão preocupados e aflitos, Ana está com a cabeça baixa e batendo seus pés repetidamente. Meus pais se levantam quando percebem nossa presença, Elliot vai logo se sentar ao lado de Kate.

Dou um beijo na testa da minha mãe e na de Mia, dou um abraço no meu pai, um aperto de mão no Ethan e dou um aceno para Kate, que retribuo gentilmente.

Ana levanta a cabeça e me olha, ela parece surpresa por me ver lá, então ela se levanta e corre ao meu abraço apertado. Ela começa a chorar e a soluçar, me abraçando mais forte.

Ela afasta seu rosto do meu peito me deixando olhar para seus olhos azuis marejados.

ANA: C- Christian... o meu pai... - ela soluça. - E-ele... - ela mal consegue falar.

Meu coração se aperta em vê lá nesse estado, tão frágil. Ana começa a respirar de pressa.

CHRISTIAN: Calma, calma pequena. Estou aqui. - beijo sua testa e a puxo para sentarmos na cadeira sem me distanciar dela.

Passam se alguns minutos e o médico aparece com um tipo de caderno em suas mãos.

X: Familiares do senhor Raymond Stelle. - todos levantamos ao mesmo tempo.

CARLA: Eu sou a esposa dele, como ele está, doutor? - ele pergunta trêmula.

X: Ele está fora de perigo. - só essa frase basta para todos respirarem aliviados. Sinto Ana folgar a minha mão, nem tinha percebido o quão forte ela estava apertando. - Pra sorte dele o acidente não foi muito grave... - paro de prestar atenção nele.

CHRISTIAN: Viu? Ele vai ficar bem, ele está bem e fora de perigo. - ela me olha e me dá um sorriso lindo que me conforta.







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Oh quem voltou.
Gente vou tentar postar 5 capítulos por semana, amanhã tem mais.

A união do nosso casal está mais próximo.

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