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PV ANA

Mais um dia de trabalho e estou morta, graças a Deus já vou para casa descansar. Ainda bem que a empresa está progredindo mas cada vez que isso acontece é mais trabalho para mim e isso acaba me deixando extremamente cansada. Mas ainda assim eu amo o meu trabalho e o que eu faço.

Agora eu só quero a minha cama, agora eu só quero me jogar nela e dormir até amanhã, ainda bem que amanhã já é sábado.

Aperto no botão do elevador e antes das portas se fecharem por completo o Christian passa por ela como um flash.

CHRISTIAN: Oi. - ele sorri com seus dentes perfeitos e sua boca deliciosa.

ANA: Oi. - forço um sorriso.

Tem sido sempre assim ultimamente, ele fala oi e sorri, eu respondo na mesma forma e depois o silêncio permanece.

CHRISTIAN: Quer ir ao cinema hoje? Comigo? - ele fala muito rápido e eu olho pra ele confusa.

ANA: Ah, cinema? - falo meio sem gosto. A única coisa que eu queria era ir para casa e dormir.

CHRISTIAN: Sim, vai estrear aquele filme que você estava louca para assistir, achei que a gente poderia ir juntos.

ANA: Qual filme?

CHRISTIAN: Aves de Rapina, daquela garota do cabelo colorido. - arregalo os olhos.

ANA: Meu Deus, já vai lançar? - ele confirma. - Eu tinha me esquecido totalmente.

CHRISTIAN: Eaí? Vai querer ir?

ANA: Com certeza, até o cansaço passou.

{•••}

Assistindo o filme e eu amei, superou todas as minhas espectativas, decidimos ir para uma pizzaria para comermos porquê tanto eu como o Christian amamos pizza e somos um poço sem fundo.

CHRISTIAN: Quando eu falo que ela me lembra você, é isso que eu quero dizer. - ele ri e morde a fatia da pizza.

ANA: Nada haver, eu não era tão mal assim, eram vocês que me irritavam. - pego mais uma fatia de pizza.

CHRISTIAN: Sua boca está melada de ketchup. - ela fala e limpa o canto da minha boca com o seu polegar.

Só com um pequeno toque dele o meu corpo já esquentou.

ANA: Obrigada. - sorri.

CHRISTIAN: Sinto falta do nosso tempo de criança.

ANA: Eu também, menos os nossos pais e professores que eram os que mais sofriam com as nossas travessuras.

CHRISTIAN: Nossas não, de vocês, eu era um anjo. - dou uma risada sarcástica. - O quê? Eu era mesmo. Sem ironia.

ANA: Você era totalmente vingativo, lembra quando você soube que a Mia tinha contado pra sua mãe que você tinha levado observação e você derramou todos os esmaltes da sua mãe nas bonecas dela. - termino de comer a minha pizza.

CHRISTIAN: Tá bem, eu aprontava as vezes, admito. - ele levanta as mãos em rendição e logo depois ri. - A pizza está uma delícia, essa é umas das melhores pizzaria da cidade e tem um ótimo preço.

ANA: Realmente, eu comeria duas inteira sozinha fácil. - ele termina de comer e pede a conta pra irmos embora. - Sabe o que seria ótimo agora?

CHRISTIAN: Não, o quê?

ANA: Um sorvete de baunilha. - ele ri. - O quê? Eu amo, é o meu sabor preferido.

CHRISTIAN: Uau, você é um poço sem fundo mesmo. Nunca fica satisfeita. - ele balança a cabeça.

ANA: Eu como igualmente uma princesa, só estou com água na boca só de imaginar o gosto de um sorvete de baunilha na minha boca. - ele levanta as sobrancelhas. - E não faz cara de deboche não, foi você quem me convidou. Eu estaria relaxa em uma cama, dormindo uma hora dessas se não fosse por você.

CHRISTIAN: Bom, então eu não posso reclamar. - ele ri.

ANA: Não mesmo.

CHRISTIAN: Tudo bem, a gente pode ir para a praça aqui perto, tem um sorvete que vende lá que é muito bom.

Fomos embora da Pizzaria e decidimos ir a pé mesmo para a praça, já que ficava muito perto. Compramos logo um sorvete para mim e um churrus para ele.

ANA: Não sabia que você frequentava essa praça. - falo por ele parecer ter intimidade com o homem que vendia sorvete.

CHRISTIAN: Ah, eu sempre vinha aqui com a... - ele não termina de falar e me olha desconfiado.

ANA: Leila? - lambo meus lábios.

CHRISTIAN: Sim. - ele sussura e o silêncio toma o momento.

ANA: Porquê você me ignorou?

CHRISTIAN: O quê? - ele me olha confuso.

ANA: Porquê você me ignorou? Eu me declarei pra você e você não apareceu, te mandei uma carta declarando tudo que eu sentia por você e te pedi para você me encontrar atrás da árvore e você não foi, e no outro dia, apareceu lá como se nada tivesse acontecido e disse que namorava a Leila.

É uma pergunta que me assusta até hoje, foi naquele dia que Christian despedaçou meu coração.

CHRISTIAN: Que carta? Eu nunca recebi carta nenhuma sua, ainda mais declarando algo para mim.

ANA: Como não, eu própria te entreguei.

CHRISTIAN: Não, Ana. A única carta que você me entregou foi uma que foi escrita por Leila, dizendo estar apaixonada por mim e me pedindo em namoro.

Christian naquela época tinha me dito que não achava cartas bregas como os outros garotos e eu, loucamente apaixonada por ele, decidi expor meus sentimentos por ele em uma carta pois eu não conseguia falar pra ele.

ANA: Não, não era isso que estava escrito na carta. Você leu a carta assim que eu te dei?

CHRISTIAN: Não, eu me lembro que eu fui fazer um trabalho com a Laura na casa dela.

Bom, a Laura era amiga da Leila, provavelmente ela viu a carta, não sei como e deve ter falsificado. Duas cobras.













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Gente, desculpa não estar postando, não é sempre que eu tenho internet.

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