44

721 85 9
                                    

PV CHRISTIAN

Bastou só algumas trocas de palavras com a Ana pra alegrar o meu dia. Ter ela aqui, sorrindo, falando, conversando comigo é muito bom e cada minuto perto dela eu me pergunto como eu fui burro de deixar ela escapar de mim.

Como não percebi que estava apaixonado por ela?

Ela é uma mulher linda, madura, meiga que traz uma energia boa por onde passa, tem um sorriso que encanta, eu sempre fiquei babando nela enquanto ela falava sobre os livros de romances dela mas achava que era coisa de amigo. E eu achava que a conhecia como ninguém, e me enganei profundamente.

ANA: O que provavelmente deve ter acontecido foi que a Laura deve ter visto a carta, mostrou a Leila e elas escreveram outra.

Saber que a Ana deixou sua timidez de lado naquela época para escrever o que sentia por mim, colocar tudo pra fora aquece meu coração. Eu queria muito ler essa carta.

CHRISTIAN: Sim, provavelmente foi. Eu coloquei a carta no bolso da minha jaqueta e me esqueci na casa da Laura, um dia depois que eu me lembrei e fui buscar.

ANA: Tempo suficiente delas lançarem o veneno e aprontar.

CHRISTIAN: Desculpa por não ter lido a carta imediatamente, eu achei realmente que era sobre seus livros. Pelo jeito ela foi importante pra você e agora para mim também, por mais que eu tenha sabido da existência dela a poucos minutos. — nós rimos.

ANA: Sim, ela significou muito para mim, foi a forma que eu encontrei de colocar tudo que eu estava sentindo pra fora, de tentar ver se eu pelo menos tinha uma chance de te reconquistar.

CHRISTIAN: E agora parece que os papéis inverteram.  — ela me olha confusa mas volta a comer seu sorvete.  — Agora sou eu que estou fazendo o possível pra te reconquistar.

Ela olha pra baixo e volta a devorar o sorvete.

ANA: Eu reli tantas vezes aquela carta pra que tudo saísse perfeito que decorei ela, até hoje eu me lembro. — dou um sorrisinho.

CHRISTIAN: Lembra mesmo?

ANA: Claro que sim, não teria como esquecer.

CHRISTIAN: Então fala o que você escreveu. — ela parece engasgar com sorvete e se inclina para frente.

ANA: Não, não, não. Christian isso faz anos, eu era uma menina quando escrevi, não é possível que você queira escutar tanta baboseira.

CHRISTIAN: Nada de baboseira, foi a forma de você conseguir explicar seus sentimentos por mim, eu quero escutar.

ANA: Não, nem vem. Já disse que não. — fala corando.

CHRISTIAN: Ana, por favor. — fiz cara de pidão.

ANA: Nem adianta, eu não vou pagar esse mico, nem que a vaca tussa.

CHRISTIAN: Vai, pelo menos só um pouco, eu quero escutar, quero saber como você se sente ou se sentia.

ANA: Christian, isso já passou, esquece. — ela fala com desdém.

CHRISTIAN: O que passou? A fase ou seus sentimentos. — pergunto com muita esperança.

ANA: Pra ser sincera os dois. — ela fala metralhando a minha esperança. — A fase porquê eu amadureci e o sentimento pois aquele sentimento era puro e depois você me magoou muito.

Calma, Grey. Ela disse que você a magoou, não disse que não sente mais nada por você.

CHRISTIAN: E você não... — antes que eu termine de falar aparece uma assombração na nossa frente.

O babaca que tem o nome que começa com M.

MARCUS: Ana, que bom te ver por aqui. — ele fala com os olhos brilhando.

AF, eu odeio o jeito que ele olha pra ela, eu sou o único que pode olhar pra ela assim.

ANA: Marcus. — ela salta e também me levanto.

O sorriso do babaca morre ao botar a minha presença.

MARCUS: Você... — fala com desgosto e só com o tom de voz dele eu já quero esmurrar ele. — Christian...

CHRISTIAN: Sim, sou eu.

MARCUS:  Vocês estão juntos? — antes que a Ana responda eu sou mais rápido.

CHRISTIAN: E se a gente tiver? Algum problema? — falo me aproximando dele.

Eu só quero uma brecha pra dar um soco nele, eu estou doido pra fazer isso desde que o conheci.

MARCUS: Respondendo a sua pergunta, sim, eu teria todo problema do mundo mas acontece que eu perguntei pra ela. — ele volta a olhar para ela. — Então, Ana?

ANA: Eu não te devo satisfações, Miguel. O que você está fazendo aqui? Disse pra você não me procurar. — ela fala me dando uma enorme alegria.

Ela mandou o babaca pastar, você está com mais chances do que nunca, Grey.

MARCUS:  Eu precisava falar com você, eu te mandava mensagem e você não respondia. Eu te ligava e você não me atendia, eu te procurava e você nunca estava em casa.

ANA: Já parou pra pensar que se depois de tudo isso que você tentou pra falar comigo e não deu foi porquê eu não queria falar com você? — ela fala dando um corte nele mas doeu até em mim.

Chupa essa seu babaca.

MARCUS: Mas, Ana como você pode dar uma chance pra esse babaca e para mim não?

CHRISTIAN: Isso não é da sua conta, ela já deixou muito claro que não quer falar com você. Vaza seu babaca. — falo fechando já a minha mão.

MARCUS: Não me manda vazar, eu só vou embora se ela pedir e até onde eu saiba a praça é pública. E o único babaca que tem aqui é você, que perdeu uma mulher maravilhosa como a Ana e se você pensa que eu vou deixar você ficar com ela você está muito enganado pois você é um desgraçado que além de não merecer ela, ainda vai magoa-la.

E o pingo de paciência que eu tinha foi pra puta que pariu, eu dei um soco que o fez cambalear para trás e depois ele veio com tudo pra cima de mim e nos envolvemos numa briga muito violenta, tanto que eu ouvi várias vezes os gritos de desespero da Ana.







🖍️🖍️🖍️🖍️🖍️🖍️🖍️🖍️

Quando eu tiver internet eu posto. Acho, ACHO que vou postar amanhã pois eu tenho demorado muito e feito vocês esperarem e vocês merecem.💗

Deixa Em OffOnde histórias criam vida. Descubra agora