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Sexta, 19:31...

Tubarão

- Chata pra porra tu em- reclamei, enquanto ela descia as escadas com uma maleta enorme.

- Se envolveu comigo pq quis, agora aguenta- deu de ombros, colocando a maleta de lado no sofá e sentando no meu colo.

- Tô reclamando não. Pode fazer, eu adoro- menti com um sorriso falso, ela riu.

Ela inventou de fazer minha sobrancelha e me maquiar, vê se eu posso com uma coisa dessa.

- Oq a gente tem?- perguntou sem olhar nos meus olhos.

- Como assim?- me fiz de bobo.

- Ela quer saber se vocês tem alguma coisa séria, responde logo a garota- dei risada com as amigas dela entrando na casa.

- A gente namora, né não? Achei que era- falei bem alto, que era pra magricela ouvir direitinho.

— Ela falou que vocês ficavam sem compromisso- ela falou do outro sofá.

— Pô, é que a gente combinou de só falar sobre o namoro pros de verdade- Gabriella me repreendeu, apertando a gilete na minha testa- calma ae carai, tá querendo ficar viúva antes do casamento?- ela deu um riso falso.

Sorri, sabendo que ela não tinha gostado do jeito que eu falei com a amiga feia dela.

— Mirela, busca a mamadeira da Júlia pra mim por favor, tá na cozinha.

— Ae, come nada que tiver em cima da mesa não em- falei pra pretinha, que me olhou com nojo.

— Vocês foderam lá?- gargalhei.

— Descubra- apertei a bunda da Gabriella.

— É mentira amiga, a gente só comeu, nem fizemos nada- Gabriella riu, olhando pra amiga.

— De qualquer jeito, vou manter distância da mesa- fez careta.

— Vou te deixar bem princesa- me deu um selinho, se esticando pra pegar a maleta.

— Quero aquele bagulho no olho rosa, e aquele risco assim- mostrei, ela riu.

— Meu casal- a cu de grilo riu, olhando pra gente.

Vitão tá diferente.

— Eram 12, 1 falhou- disse olhando pra ela, enquanto a Gabriella esfregava um bagulho transparente na minha cara.

— Evangélico é ele- a de cabelo curtinho falou.

Lembrei que a Gabriella tinha dito o nome dela, Luiza.

— Amém irmãos- a Mirela voltou da cozinha com a mão pra cima e o olho fechado, dei risada.

— E desde quando você é religioso?- Gabriella riu.

— Minha mãe arrastava eu pra igreja quando era menor, sei uma coisa ou outra- dei de ombros.

É meus amigos, Douglas também é religião.

— Ela dormiu, graças a Deus- Luiza desceu as escadas, se jogando novamente no sofá.

— Tô mó princesa ó, fala tu mozão- dei risada me olhando na câmera do celular.

— Tá linda, vida- me deu um selinho.

— Que boiolas- Bárbara entrou na casa, fazendo careta depois de ver as meninas- quem são?- fez cara de nojo e falou bem alto, olhando descaradamente pra elas.

— Mirela, Luiza, Vanessa- apontou pra cada uma- meninas, essa é Bárbara.

— Prazer bixas, tranquilo?- Bárbara sentou ao lado da Luiza.

— Pq tá forçando a voz?- Vanessa olhou pra ela, cruzei meus braços observando.

— Pq é tão feia?- dei risada.

— Tá fazendo oq aqui? Branquin falou que cês ia sair hoje- olhei pra ela.

— Ela te maquiou?- gargalhou- tá gato em- fiz biquinho.

— Só pra quem pode, bebê- fiz joinha.

— Enfim, a gente ia sair mesmo, mas acabamos brigando. Aí eu ia na Diana, só que ela saiu com o Gustavo. Minha mãe tá com o Gabriel também, fiquei sem opções e tive que vim pra cá.

— Obrigado por me chamar de última opção- Gabriella riu.

— Eu não quis dizer isso, doida- Gabi olhou desconfiada pra ela.

— Brigaram pq?- perguntei.

— Depois eu te conto- falou olhando pra Vanessa.

Bichinha, mal chegou e já tá odiada por todos.
...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora