34°

1.8K 130 6
                                    

Quinta, 13:19...

Mayara

- Essa mina vale nada, tiu. Nem cai no papo- LP afirmou, dando um trago no baseado.

- Mas que ela é gostosa, ela é. E muito, viado- Gum riu, dando um gole no whisky.

- Mas vocês são fofoqueiros, em- Camila riu, enquanto nos aproximávamos deles- benza Deus.

Estamos na casa do LP, bebendo e conversando. Eu tinha ido na cozinha com a Camila, buscar sorvete.

- Pior que mulher- me sentei no colo do LP.

Nesses dias eu me aproximei muito deles, principalmente do Filipe.

- Ó quem fala, ficaram a noite inteira falando mal de Deus e o mundo ontem e agora tão julgando- Gum caiu na risada.

- Bem lembrado- LP apertou minha coxa- que história é essa de ter macho dormindo na tua casa?- me olhou com os olhos semicerrados.

- Não era macho, era o Luan- zombei, recebendo um tapa do mesmo.

- Respeita o bandido, filha da puta- fechou a cara.

- Respeita minha sogra, caralho- deu um pescotapa nele.

Gargalhei, dando um selinho no Filipe.

- Vocês estão tão boiolas, é de dar nojo- Camila fez careta.

- Inveja é foda- LP negou com a cabeça- vai pra lá, encalhada- gargalhei.

Ela o olhou, ofendida.

- Babaca- ela murmurou, cruzando os braços.

- Vem cá, feinha- Gum abraçou ela, dando um cheiro no cangote da mesma.

- Cês dão um casal bonitin- falei.

Gum fez careta.

- Faz quadradin de oito- cantei, rebolando no colo do LP.

- Para de provocar o cara, Mayara- Gum gargalhou junto com a Camila.

- Deixa que mais tarde ela vai ver só- deu um tapa forte na minha bunda.

- Bate forte que eu gamo- empinei mais a bunda.

- Bora pra tua casa vai, se veste- levantou, sarrando na minha bunda.

Peguei meu short, vestindo por cima do maiô.

- Vão largar os amigos pra transar mesmo?- Camila pareceu surpresa.

- Sim- sorri.

- Tu ainda tem dúvidas?- LP gargalhou.

- Os de verdade eu sei quem são- Gum fez drama.

- Tchau amorecos- me despedi, saindo de mãos dadas com o Filipe.

Eu sabia que isso que eu estava fazendo podia dar muita merda. Mas eu não tenho culpa se o LP é esse cretino irresistivelmente lindo.
Eu sei que esses homens costumam ter um harém, eu sei da história de traições, brigas e confrontos familiares que a minha mãe teve que passar, depois do casamento.

E eu não quero de forma alguma ter que passar oq ela passou!

- Que foi?- me olhou de lado, subindo na moto.

- Nada não- dei um sorriso leve, subindo na garupa.

- Segura firme, gostosa- acariciou minha coxa, acelerando.

- CÊ TÁ LOUCA?- gritei com a Claudiane, uma puta do morro.

Ela simplesmente PULOU na frente da moto.

- Oq você tá fazendo com essa siliconada em cima da sua moto?- olhou brava pro Filipe.

- E desde quando eu te devo satisfação, garota?- LP arqueou a sobrancelha.

Cruzei os braços, olhando a cena.

Ela começou a falar um monte de coisa, e ele rebatia igual. Quem via de fora (como eu), pensava que eram um casal de namorados discutindo. Eu é que não ia me prestar a esse papel.

Enquanto ele discutia com ela, desci da moto e fui terminando de descer pra minha casa sozinha, a pé. Ouvi ele gritar mas nem dei atenção, só ignorei e fui embora.

Precisava mesmo descansar pq mais tarde tem bailinhooo.
...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora