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Sexta, 18:36...

Gabriella

As meninas tinham subido pra tomar banho, e eu fiquei sozinha com ela no quintal.

Ouvi a buzina do Douglas e abri o portão, saindo com a Júlia no colo.

— Quem é essa guria?- mexeu com ela, que riu toda alegre.

— Julia, é filha da Luiza- olhei ele brincar com ela- da oi pro tio- ela me olhou, mas não demorou a direcionar o olhar pra ele dnv.

— Xixi- Douglas riu.

— Cê fez xixi? Pede pra tia Gabi trocar você- apertou o nariz dela.

— Ela tá falando titio, burro- ele me olhou, rindo.

— Vem com o titio, vem- pegou ela com um braço, me abraçando com o outro- vamo dar um rolê, vai. Sobe aí- foi subindo na moto e colocando a Júlia sentada na frente dele.

— É perigoso andar com ela solta, Douglas.

— Que solta oq, filha. Eu tô segurando, sobe aí- neguei com a cabeça- chata pra caralho. A novinha quer ir tiu, faz a boa- me aproximei, dando um beijo nele.

— Vai você, eu vou ficar.

— Vou só lá no pé com ela e já volto, entra não filha da puta- assenti, olhando ele descer o morro a milhão.

Jesus, se essa criança voar da moto a culpa é minha.

Em questão de segundos ele já tava estacionando dnv.

— Aí ó, morreu?- me olhou, ainda em cima da moto.

— Quase- ele riu.

— Piveta vai ser apaixonada por moto, ó só- ela mexia em tudo que conseguia, sentada em cima da moto com ele.

— Ela vai ser apaixonada por, no máximo, bicicleta, né filha? Moto é perigoso- Luiza saiu de casa, pegando a Júlia de cima da moto.

— Que nada, o perigo é nós que faz- desceu da moto, se apoiando nela e me puxando pela cintura.

— A gente vai dar uma volta pra conhecer o morro, podem ficar a vontade- Mirela piscou pra gente.

— Aí sim em, gostei- Douglas sorriu pra ela, logo me olhando e me dando um selinho.

— Oi!- Vanessa sorriu empolgada e acenando pro Douglas, que só fez um joinha pra ela.

— Tchau casal- Mirela e Luiza disseram em sincronia, enquanto as três desciam o morro.

— Pq não cumprimentou a Vanessa direito? Igual brincou com a Luiza e a Mirela?- me virei pra ele, que abraçava minha cintura de lado.

— Conheço puta de longe, melhor manter distância pra não dar b.o depois- jogou meu cabelo pra trás, fazendo carinho na minha nuca.

— Ela não é puta, ela é minha amiga- retruquei.

— Gabriella, eu não vou discutir com você sobre isso, tá bom?- ia revidar, mas ele me puxou pra um beijo- vamo entrar- acariciou minha cintura.

— Eu tô com fome- reclamei.

— Tem comida feita aí não? Tava afim de uma comida caseira- fez careta.

— Tem, mas eu quero lanche.

— Eu vou lá comprar teu lanche, vai colocando minha comida aí- me deu um selinho.

Sorri, indo pra dentro de casa.
...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora