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Quinta, 20:30...

Mayara

A festa era em uma puta casa enorme, tinha uma mesa enorme de doces, outra de salgados e ainda tinha uma churrascada do caralho rolando. No canto da área da piscina tinha um grupo de pagode tocando uma música gostosinha, que eu amo.

- Só que eu tenho muito medo
De me apaixonar
Esse filme já passou na minha vida
E você tá me ajudando a superar
Eu não quero ser um mal na sua vida- ele cantava junto com a banda, passando o braço ao redor da minha cintura e me guiando atrás de uma mesa vazia.

O olhei assustada, por tá andando agarrado comigo na frente de todo mundo. Ele não viu eu o encarando, já que olhava por cima das pessoas procurando algo.

Deve tá procurando a puta da Claudiane.

- Amigaaaaa, aqui- a voz da Camila sobressaia por cima da música.

Olhei pro lado, vendo ela acenar. Caminhamos até a mesa que ela estava com o Gum, Blaid e mais um cara e uma mulher.

- Eae, molecada- LP fez toque com os meninos.

- Eae carai- Blaid levantou, abraçando o amigo e bagunçando meu cabelo- tava com sdd pô.

- Só faz duas semanas que você não vê a gente- dei risada, o abraçando.

- Cala boca vai, Mayara- riu, sentando.

- Cadê as cadeira dessa porra?- LP olhou pros lados.

- Senta aqui no colinho do pai- o outro garoto (que eu não faço a mínima ideia de quem seja) falou pro Filipe, dando risada.

- Ti fuder, Zé- LP riu, puxando a cadeira de um cara que levantou, na mesa ao lado.

- Você é o LP, né?- a loira que estava sentada ao lado do tal Zé, perguntou.

Ela abria mais o decote do cropped.

- Humrum- murmurou, me puxando pra sentar no colo dele- não tem mais cadeira- sussurrou, sorrindo, e me deu um selinho.

Olhei pra ele desconfiada.

A loira murchou na hora, quando ele me beijou.

Dei risada, disfarçando.

- Namoral, cês tão boiola demais- Blaid riu, cruzando os braços.

- Cala a boca- dei língua pra ele.

- Ih, LP cachorrão tá casado?- o garoto riu, se esquivando sobre a mesa.

Ele ia responder, mas tapei a boca dele com a palma da minha mão e respondi primeiro.

- Tá- sorri, vendo a loira murchar ainda mais.

Filipe olhou pra onde eu olhava, vendo o motivo pelo qual eu sorria.

- Vagabunda- murmurou no meu ouvido, rindo.

- Tô errada?- o olhei, arqueando a sobrancelha.

- Tá, vai acabar com meus esquemas pô- passou a mão sobre a barba, sorrindo levemente.

- Tem problema não, é só ir lá falar com ela- levantei do colo dele, cruzando os braços.

Ele riu, me puxando de volta.

- Deixa de show caralho, quero só tu só- falou alto, fazendo a loira nos encarar- olha aí a moral que eu te dei, perdi uma já- riu, apoiando a testa nas minhas costas.

- Cretino- dei um tapa no braço dele.
...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora