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Quarta, 13:33...

Ryan

- Seu irmão é o bombadão, com cara de mal?- ela assentiu- tô com ela sim, estamos alí- apontou pro grupo, que não estava nada longe- você é solteiro?- olhou pra mim.

- Vamo né, gente?- Ruan falou dando um sorrisinho pra mim.

- Ele namora comigo- Luana falou.

- E eu amo muito ela. Né, amor?- olhei pra Luana, disfarçando.

- Sim, a gente vai casar mês que vem. Eu tô grávida de um mês e meio.

- Como que é, Luana? Eu vou contar essa história pro pai- Davi cruzou os braços.

- Cala a boca, comédia- Ruan deu um tapa na cabeça dele.

- Me desculpa então- sorriu amarelo, se virando pras amigas.

- Chega aqui, menor- Den chamou o Davi, que tava com um puta carão pro meu lado.

Bobão, leva tudo a sério.

- Entendi nada- Mayara murmurou, dando uma risadinha.

Quarta, 19:39...

- Noite da pizzaaaa- Mayara entrou no meu quarto, se jogando na minha cama.

— Chatinha, viu- fiz careta.

- Vamo pra mãe, se veste aí- jogou uma bermuda em mim.

Eu tava largadão na minha cama, só de cueca.

- Quem tá lá?- fui levantando.

- A mãe, o pai, Ruan, Miranda e eu- mexeu nos meus perfumes, espirrando o Malbec em si- dá pra mim?- sorriu.

- Tá tirando, mirmã? Nem em sonho, fia- neguei, vestindo a bermuda e jogando a blusa no ombro.

- Tô sem perfume, o meu 212 acabou- fez cara de poucos amigos, saindo do quarto.

Dei risada, pegando minha carteira e indo atrás dela.

Antes de sair de casa, mandei mensagem pra um mano pedindo pra ele buscar um perfume pra minha piveta, no asfalto.

Não posso deixar a gatinha sem perfume né, sou um bom irmão.

- Segura aí, se tu voar a culpa não é minha- bati na coxa dela, acelerando a moto.

Quarta, 22:50...

- Deixa eu pilotar?- Mayara pediu, me olhando com um olhar travesso.

- Tá loucona? Cê vai derrubar minha moto, não- neguei.

- Deixa a mina pilotar Ryan, é só uma moto. Se quebrar, eu te dou outra- meu pai riu irônico, me olhando.

- Vai dar mesmo, amor?- minha mãe o olhou desconfiada, abraçando o mesmo.

- Vou porra nenhuma- ouvi o murmúrio dele.

O olhei, indignado.

- Deixa carai, larga de ser egoísta- Miranda cruzou os braços.

Estávamos na frente da casa dos nossos pais, eu tava indo embora já.

- Eu pago o concerto depois- Ruan falou.

Nele eu acredito.

Bufei.

- Toma, mas eu vou junto- dei a chave na mão dela, que foi pulando até a mesma.

Subi na moto com o cu na mão, o medo dela bater nos moleque que tava brincando na rua e matar nós tudo era grande.

Segurei firme na cintura dela, assim que ela ligou a moto. Foi ela acelerar, que a moto voou e nós dois ficou, irmão. Burra pra um caralho, não segurou com firmeza no guidão da moto porra.

Caímos de bunda no chão com tudo, e a moto andou um pouco sozinha mas logo caiu também. Bichinha saiu raspando a lateral no chão, ralando todinha.

Quase chorei quando vi, amo minha bebê carai.

- Cê vai pagar o concerto, filha da puta- olhei pra Mayara que ria com meus pais, Ruan e Miranda.

- Eu pago filhote, fica suave- meu pai sorriu.

- Vamo lá em casa, cuzona. Tenho que te dar um bagulho- olhei feio pra ela.

Minha vontade mermo era mandar o moleque ir embora com os perfume.

Quarta, 23:21...

Desci pro meu barraco com o carro do meu pai, ia ficar usando ele até a moto sair do concerto (que a vadia da minha querida irmã fez ela ir parar).

Ruan prometeu levar ela pro mecânico logo cedo.

Ela ficou esperando encostada no carro, enquanto eu pagava o motoboy.

- Pra tu não ficar andando fedida por aí, feiosa- entreguei a sacola pra ela.

Era três perfume: um Carolina Herrera, um Scandal Jean Paul e um Miss Dior.

- É por isso que eu te amo- pulou em cima de mim, beijando minha bochecha.

- É, mas não perdoei tu pelo que fez com a minha moto ainda não, tá?- ela riu- bora que eu vou te deixar em casa- abri a porta do carro pra ela.

...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora