18°

13.5K 721 140
                                    

Domingo, 12:49...

Tubarão

Acordei com a porra do radinho apitando, maior ódio disso.

— Que é, porra?

— Acorda vagabundo, tem várias parada pra tu resolver aqui na biqueira.

— Resolve pra mim Caveira, vou encostar por aí umas duas horas só.

— Tá calminho pq? Levou chá a noite toda, foi?- dei risada.

— Queria mesmo, mas foi só uns beijo e depois nós dormiu- foi a vez dele rir.

— Essa Gabriella é desgraçada demais, deixou o mano na vontade- gargalhou.

— Mas falar pra tu, o beijo dela é gostosinho demais.

— Viado pra caralho.

— A novinha tá acordando, depois nós se tromba- joguei o rádio no outro sofá.

— Bom dia- bocejou.

— Bom dia, nega- dei um selinho nela- faz um bagulho lá pra nós comer, vai- ela fez careta.

— Vamo no bar do seu Zé, mó preguiça de fazer comida- murmurou com a mão no rosto.

— Vai lá se trocar, vou em casa tomar uma ducha e já venho te buscar- ela correu pro quarto.

20 minutos eu tava de volta na casa dela, tomei banho de gato mermo.

Comemos uma porçãozona no bar do seu Zé, depois a fominha tomou açaí e pediu pra ficar lá em casa com a Diana. Deixei ela lá e fui direto pra biqueira.

— Aí ó, o Zé buceta resolveu aparecer- Gustavo falou assim que desci da moto.

— Vai trabalhar, vagabundo- dei um tapa na cabeça dele.

— Ae, como foi com a Gabriella?- me seguiu pra minha sala.

— Nós saiu pra comer ontem, depois foi assistir filme na casa dela e eu capotei. Foi só isso, menor- ele me olhou decepcionado.

— Tá frouxo assim mermo, tu?- dei dedo pra ele.

— Quem é frouxo?- Irmão brotou do nosso lado.

— Tubarão, mano. Dormiu cá Gabriella e nem passou a linguiça- negou com a cabeça.

— Vai se fuder Gustavo. Já fez tua ronda, filho da puta?- cruzei os braços.

— Fez não, em- Irmão riu.

— Espero que se foda também, pra deixar de ser pau no cu- passou do meu lado, murmurando.

Meti o tapa no pescoço de neguin.

— Ae, cê tá comendo a sogra do Branquin?- perguntei pro irmão, que riu.

— Foi uma vez só tiu, cê já tá sabendo como?

— Mulher saiu da tua casa em pleno horário de almoço porra, todo mundo viu.

— Mas ela é daora, não é igual essas nega aqui do morro não- coçou a nuca.

— Imagina tu pô, sogrão do Felipe- gargalhamos.

— Vai fazer oq hj, tu?- dei um selinho na Gabriella, assim que cheguei em casa.

Ela tava jogada no sofá assistindo filme com a Diana.

— Ela vai dormir aqui- Diana falou.

— Noite das meninas com a sua irmã- fiz careta.

— Vou pro meu quarto. Se enjoar dessa feia e quiser algo mais gostoso, sobe lá- sussurrei pra ela.

Ela riu e acenou, me mandando ir embora.

....

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora