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Sábado, 12:47...

Mayara

- Tá na hora, tá na hora- bateu palma- tá na hora de brincar- Camila abriu as janelas do quarto.

- Pula, pula, bole, bole- tia Neuza se jogou na cama, onde eu dormia.

- Bom dia, tia- murmurei me espreguiçando.

- Bom dia, cadê meu filho?- perguntou.

- Eae- apareceu na porta do banheiro, escovando os dentes.

Os quartos ficaram divididos assim: eu, LP e Gabriel. Tia Neuza e Camila. Blaid e Gum.

A casa só tinha três quartos, e foi a Neuza que decidiu qm ficaria com quem. Eu e os meninos ficamos com o maior quarto, por ser mais gente.

- Que horas são?- perguntei.

- Uma, já perdemos metade do dia- Camila disse.

Ela já estava toda arrumada, de biquíni e shortinho.

- Diz ela que vai comer e correr pra praia- tia Neuza falou, me vendo olhar pra Camila.

Dei risada.

- Espero que tenho um boy bem gostosinho no condomínio, não aguento mais ser solteira- bocejou, encostando a cabeça na lateral da cama.

- Olha a hora, vai se fuder- Blaid passou pelo corredor, todo estressado.

- Para de reclamar, chato do caralho- tia Neuza foi atrás dele.

A casa era um um condomínio de frente a praia, com piscina e tudo. A coisa mais linda. Será que o Filipe deu o cu, pra conseguir pagar? Isso com certeza, mas faz parte.

- Vou pra praia com a minha tia, vão ficar aí?- Gabriel entrou no quarto só de sunga, com uma bóia na cintura e o rosto branco de protetor solar.

Dei risada.

- Vou não, tô chei de sono- LP deitou na cama, bocejando.

Chegamos na casa por volta das sete horas, mas só conseguimos dormir por volta das onze pq tivemos que ir no mercado e arrumar nossas coisas.

Tem gente que nem dormiu: como o LP.

- Vem cá, deixa eu espalhar esse protetor do seu rosto- ele fez careta, mas veio.

- Tá bonitão em, menor. Pique surfista- fechou os olhos, virando pro outro lado do quarto.

- Tá mesmo, vai ficar cheio de gatinha atrás de você- concordei.

Ele riu, enquanto eu espalhava o produto no seu rosto.

- Você vem, tia?- me olhou.

- Eu não, vou comer e dormir mais um pouco também. Tô cansada- ele franziu o cenho, se despedindo do pai.

- Cuidado aí, vocês dois- nos olhou desconfiado, antes de sair do quarto.

- Vai comer oq, tu?- me olhou.

- Acho que pão, pq?- arqueei a sobrancelha.

- Faz um pra mim, na humildade- pediu.

Pensei um pouco e por fim resolvi o agradar, já que ele tinha me trago a uma viagem que nem era pra eu estar, pois nem de longe faço parte da família deles.

Depois de fazer os pães, coloquei em pratos e peguei duas cocas, voltando pro quarto.

- Toma aqui- entreguei, me sentando na cama ao seu lado.

- Esse lanche tá responsa em- murmurou, com um pedaço de pão na boca.

- Tudo que eu faço, é bom- ele riu.
...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora