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Domingo, 16:39...

Tubarão

— Que tu tem, Gabriella?- olhei torto pra ela, que limpava a boca na pia do banheiro.

Menina botou até os bofe pra fora no vaso do nosso banheiro, tiu.

— Acho que foi alguma coisa que eu comi- sorriu.

— Ox Gabriella, geral comeu da mesma comida e não passou mal. Só tu- neguei com a cabeça.

— Deve ser virose, sei lá- juntou o cabelo na mão, prendendo ele no topo da cabeça.

— Acho que é o veneno de rato que eu coloquei na comida da Vanessa, será que alguém achou e jogou na tua também?- ri, mas ela me olhou bem serinha.

— Você tá brincando, né?- dei risada, puxando ela pra um abraço.

— Mas papo sério pô, tá estranho esse bagulho memo- acariciei a cintura dela, que respirou fundo.

— Meu corpo todo tá dolorido- fez careta- tô fraca.

— Lógico pô, tá o dia todo andando pra cima e pra baixo na casa com aquelas fuleira, subindo e descendo escada. Dançando todas lá fora, com esse teu bundão gostoso só de biquíni- mordi a bochecha dela.

— Para, amor- riu.

— Cê tá fraca pq vomitou tudo aí, vamo lá comer alguma coisa- ela negou com a cabeça.

— Vou vomitar de novo, não quero- falou manhosa.

— Vamo na farmácia comprar algum bagulho pra cê tomar, tampa essa bunda branca aí- dei um tapa forte na bunda dela.

Ela gemeu de dor.

— Me ajuda a tomar banho- fez bico.

— Precisa nem pedir- medi ela de cima a baixo, sorrindo safado.

— É só pra me ajudar a tomar banho, Douglas. Eu não tô bem- dei risada, assentindo- mente poluída- murmurou virando pra abrir o chuveiro.

Ela tirou o biquíni e entrou de baixo da água, ajudei ela a lavar o cabelo e ensaboar o corpo. Bem casalzinho clichê mermo, bonitin de se ver.

Depois ela se arrumou rapidão e nós desceu pra ela pegar uma garrafa de água, antes da gente sair.

— Vão sair?- Bárbara perguntou.

— Princesinha aqui tá passando mal, vamo na farmácia comprar um remédio de enjôo- abracei ela pelos ombros.

— Passando mal?- arqueou a sobrancelha.

— Vomitei, deve ser gastrite- deu mais um gole na água.

— Sua menstruação tá em dia?- Bárbara cruzou os braços, olhando pra Gabi.

A Gabi negou com a cabeça.

— Tá atrasada tem pouco mais de uma semana, normal.

— Vocês tão transando a cinco meses, Gabi. Cuidado que pode ser bebê isso aí- falou saindo.

Pô, seloko, nem tinha pensado nessa possibilidade aí, mas Bárbara tá certa. A chance de ela tá grávida, é alta. A gente transa papo de quase todo dia, e nunca usamos camisinha. Só na primeira vez, meses atrás.

Ela foi calada até a farmácia, batendo as unhas no painel do carro.

— Tá bem?- perguntei estacionando de frente a farmácia, vendo que ela tava inquieta.

— Sim, amor- sorriu- desce você e compra, vou esperar aqui.

Comprei rapidão os bagulho e não demorou pra eu tá no carro com ela dnv.

— A moça falou pra tu tomar só meio remédio, por causa do bebê e pá- ela me olhou atravessado.

— Que bebê? Tá doido é?

Entreguei a sacola pra ela, que me olhou indignada quando olhou dentro da mesma.

— Você sabe que pode sim ter um bebê, Gabi. Toma o remédio agora, e quando chegar em casa faz os testes- ela me olhou, negando- comprei até mais água pra tu, pra ter bastante mijo na hora de fazer os bagulho- apontei pra garrafa dentro da sacola.

Ela respirou fundo, me olhando. Tomou o remédio e virou a cara pro outro lado, voltando a ficar quieta.
...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora