No caminho pra casa da Diana, eu passei no mercadinho. Comprei milho de pipoca, uns chocolates e dois potes de sorvete. Depois aproveitei e fui na adega alí perto, pra comprar o combo (que não pode faltar), umas cervejas e uns refrigerantes.
Cheguei na casa da mana cheia de sacola, um peso do caralho.
- Ô Dianaaaaaaaa. Libera minha entrada, minha filha- gritei lá de fora, depois dos vapores barrarem minha entrada na casa principal.
- Calma, anjo. Tô aqui já- abriu a porta- gente pode deixar ela entrar, foi eu que chamei.
- Tá bom patroa.
- Daqui a pouco vai chegar a Bárbara aí, pode deixar entrar também- me puxou pra dentro de casa.
- Comprei algumas coisas, ó- mostrei as sacolas.
- Trouxe bebida? Tô precisando de álcool, amiga- puxou tudo da minha mão e foi levando pra cozinha.
- Comprei umas cervejas e um combo- sentei no sofá, com uma almofada no colo.
Eu já tinha vindo aqui umas duas vezes, e a casa é muito grande e linda. É meiga e espaçosa, bem organizada também.
- Querida, hã hã, cheguei- a Bárbara chegou gritando, dei risada.
- Para de gritar ô, doidona- Branquin agarrou ela por trás.
- Ihh, me solta que eu não tô afim de ficar de casal hoje não em. Já basta ter vindo comigo. Hoje era pra ser resenha das meninas, Felipe- deixou uma sacola em cima da mesinha de centro.
- Calma vida, os moleques já já chegam aí.
- Moleques? Que moleques? Eu não lembro de ter convidado nenhum moleque- Diana apareceu com uma bacia de pipoca e a sobrancelha arqueada.
- E desde quando eu preciso de convite, pra entrar na minha própria casa?- Tubarão deu risada, entrando com o Irmão e o Caveira.
- Ué garoto, tu não tava na Brasilândia?- levantei uma sobrancelha.
- Estava, do verbo não tô mais- sorriu debochado.
- Você é quem em, gata? Nem tinha te visto- sentou na mesinha de centro e fez perna de índio.
- Tu vai quebrar minha mesa, gorda do caralho. Sai daí- Tubarão veio empurrando ela.
- Vem mô, senta aqui no colo do pai- Branquin, que estava sentado no outro sofá, puxou ela.
- Mas quem é ela, ué?
- Gabriella é minha fiel, pô- sentou do meu lado.
Olhei atravessado pra ele.
- Eu fico dois meses fora e quando volto Tubarão tá de fiel? 2020 tá muito estranho mesmo.
- É mentira dele, sou amiga da Diana- ela riu.
- Ela ainda não sabe que nós tá casadão- sussurrou pra Bárbara, como se fosse um segredo.
- Pq vocês voltaram? Pensei que ainda iam ficar mais uns dias lá- Diana falou.
- Nós ia. Mas aí a guerra abaixou semana passada, já deu pra gente vim embora hoje- Irmão respondeu.
- Tem comida feita aí?- Branquin perguntou.
- Tem panqueca e arroz na geladeira, é só esquentar- Diana falou colocando várias besteiras, umas cervejas e uns refrigerantes na mesinha de centro.
Logo ele e a Bárbara correram pra cozinha.
- Pede uma pizza aí, Diana- Caveira falou, já estendendo o panfleto da pizzaria pra ela.
- Pede pra Gabriella. Eu vou lá em cima buscar um colchão, com o Gabriel- falou já puxando ele pra subir as escadas.
- Pede aí, gatinha. Pede três- jogou o panfleto em mim, se direcionando pra porta da casa.
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