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Domingo, 18:00...

Gabriella

— Sai daqui- murmurei- quando sair o resultado eu te chamo, sai- ele não respondeu, mas fez oq eu pedi e saiu.

Olhei os cinco testes na pia do banheiro, esperando o tracinho aparecer.

Olhei minha imagem através do espelho, fazendo careta. Voltei o olhar pros testes, respirando fundo enquanto olhava um por um.

Positivo, negativo, positivo, positivo, positivo...

Levei as mãos a boca, sentindo as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas. Me sentei no vaso, com a cabeça apoiada nas mãos.

— Amor?- Douglas bateu na porta- vida? Tá tudo bem? Oq deu?

Abri a porta, o abraçando.

— Douglas, oq a gente vai fazer?- falei com a voz trêmula.

— Fica calma, deixa eu ver- pegou um dos testes na pia- mas deu negativo, vida- riu, não entendendo meu desespero.

— Olha os outros...

— Caralho, vou ser pai- sorriu de orelha a orelha, com dois testes positivo nas mãos.

Fiquei o olhando, sem dizer nada.

Ele, vendo meu choro, me abraçou e me levou pra cama. Ficamos alí deitadinhos, só sentindo a respiração um do outro.

Vocês não tem ideia da calma/paz que esse homem me trás.

Domingo, 19:03...

Eu já estava bem mais calma, nada que uns carinhos do meu namorado não resolvessem.

— Espero que seja um moleque- acariciou minha barriga.

— Vamo descer, eu tô com fome. Quero jantar- ele riu.

— Bora, gatinha- me ajudou a levantar.

Chegando lá embaixo, a casa inteira estava bêbada, e jogados na piscina.

— Oq a gente vai comer?- olhei a geladeira.

— Faz um rango aí pá nós dois- sorriu.

— Eu não, pede lanche- ele fez careta, mas pegou o celular- e batata com cheddar.

— Tá bom, fominha- me deu um selinho.

— Amigaaaaa- Vanessa veio correndo com uma lata de cerveja, derrubando metade da bebida pelo caminho.

Ela me abraçou, fazendo o Douglas se afastar e ir pra sala com a cara fechada.

Não entendo essa cisma dele com ela, ela é tão gente boa e é minha amiga a anos. Nunca faria nada pra me prejudicar ou prejudicar nosso relacionamento.

— Oi- dei risada, segurando ela.

— Você não sabe- riu espalhafatosa.

E é por isso que eu não bebo.

— Então conta, ué- virei um pouco de refrigerante no meu copo, logo dando um gole no mesmo.

— Quero dar pro chefe do alemão- gargalhou, rebolando.

— Mas ele não é casado?- arqueei uma sobrancelha.

— É, mas tem dinheiro- deu de ombros.

A noção????????

— Para de ser doida, Vanessa. Vai acabar ficando careca.

— Eu tô jogando pra ele na cara de pau, e ele não se toca- negou com a cabeça- nem dá uma atenção pra princesinha aqui- fez careta.

— Ele é casado, claro que não vai te dar condição- falei o óbvio.

— Quero ver se não, quero um chefe pra bancar meu silicone- deu mais um gole na cerveja.

O senso???????

— Para de ser puta, garota- Douglas falou todo ignorante, entrando novamente na cozinha- se tu chegar perto do Nescau e da Kiana, eu te mato, filha da puta- colocou o dedo na cara dela- Kiana é minha parceira, se tu continuar jogando pro negão, eu te passo sem dó- ela piscou e deu mais um gole na cerveja, olhando pra ele.

— Não se preocupa, eu não vou mais jogar pra ele- sorriu, saindo.

...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora