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Madrugada de quarta pra quinta, 00:30...

Mayara

- Não tô reclamando, mozão. Nós tá casadão mermo, tô rindo pq é bonitinho cê falando assim- segurou minha nuca, acariciando o local.

- Eu ainda tô brava- murmurei, ele gargalhou.

- Eu te amo caralho- falou alto, sorrindo.

Ele só fala assim pq sabe que eu fico besta, esse corno.

- Eu gosto um pouquinho de você também- fingi fazer pouco caso, me deitando novamente no peito dele.

- Eu tava com saudade- murmurou beijando minha cabeça, enquanto acariciava minha cintura- tu não tava com saudade do teu maridão lindo não?

- Você só ficou dois dias na sua mãe, amor- dei risada.

- Idai? Já é o suficiente pra eu sentir saudade da minha mina- sorri, dando um selinho nele.

- Agora fica caladinho, tá? Quero assistir meu filme- me aconcheguei no seu abraço, jogando a coberta por cima da gente.

- Porra de filme, Mayara. Bora transar- deu um tapa na minha bunda, apertando logo em seguida.

- Não transo com bêbado, desculpa. É abuso- passei a mão pelo seu rosto, sorrindo irônica.

- Tô bem consciente fia, vem cavalgar- já foi tirando o pau pra fora.

Gargalhei, negando com a cabeça.

- Hoje não, guarda isso aí- o ajudei a fechar o zíper de volta.

- Pq não?- fez bico.

- Eu tô menstruada, sinto muito- menti.

Coloquei a mão na boca, contendo um riso ao ver a reação dele.

- Vamo pro banho mô, sem erro- tentou me pegar no colo.

- Não, vamo ficar aqui deitadinho só. Sem sexo- falei manhosa.

Ele pareceu pensar um pouco, logo concordando com a cabeça.

- Eu curto pra caralho ficar assim contigo- afundou no sofá, me puxando mais pra cima.

- Humrum- murmurei, bocejando.

-  Mó romance água com açúcar, Mayara- fez careta, olhando pro filme.

- Esse filme é ótimo, assiste- dei risada.

- Tiração- negou com a cabeça.

- Vai lá comprar um lanche pra mim, vai- sorri- por favor, mô.

- Oq eu ganho com isso?- deu risada.

- Um beijo?- tentei, ele gargalhou.

- Isso eu já ganho todo dia, pilantra- ele reclamou, mas levantou pegando a carteira.

- Vai lá, meu gostosão- bati na bunda dele.

- Piranha- reclamou, passando a mão na própria bunda.

- Trás lanche e pizza, tá?- sorri inocente, ele me olhou e riu.

- Tá com essa fome toda pq, nega? Tá passando fome é? Que eu saiba, os armário tava tudo cheio quando eu saí de casa antes de ontem- gargalhei.

- É o bebê- falei em tom de brincadeira.

Ele me olhou com o olho arregalado, ri mais ainda.

- Bebê? Que bebê? Que história é essa, Mayara? Ai caralho, minha pressão- colocou a mão no peito.

Ele realmente tava ficando pálido.

- Amor, você tá bem?- me aproximei dele, tocando seu rosto pra ver a temperatura- tá passadoh?- fiz deboche.

Sim, eu realmente estou grávida. Descobri ontem, por um exame de rotina que o Felipe me levou pra fazer.

- Me explica essa porra direito- abanou o próprio rosto com a mão.

- Sabe o exame de sangue que você me levou pra fazer, segunda? Então, o resultado saiu ontem e deu que eu tô grávida- expliquei calmamente, enquanto abraçava ele.

- Tá brincando comigo não né, mô? Tô suando frio já- me apertou no abraço.

- Não tô brincando não, mas vai lá comprar as coisas pq a lanchonete vai fechar. Quando você voltar a gente comemora- sussurrei, dando um selinho nele.

- Me beija direito pelo menos- sorriu, me beijando com vontade.

- A gente te ama- enchi o rosto dele de beijinhos.

- Gostosa, agora deixa eu ir logo lá né- se afastou, bufando.

- Vai, vida- ri, me jogando novamente no sofá.

- Oq tu me pede sorrindo, que eu não faço chorando?- saiu de casa, reclamando.

É muito o amor da minha vida!

Fim.

...

Tá no meu nome!Onde histórias criam vida. Descubra agora